“Nacionalismo não é argumento plausível”, diz conselheiro do Cade

Em Paris, Olavo Chinaglia rebate argumentos de Abilio apresentados ontem no Jornal Nacional



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Brasília, 30 - Antes mesmo de concretizada a operação entre Pão de Açúcar e o francês Carrefour, um dos argumentos de sustentação do negócio, de se transformar em um líder brasileiro no exterior, já recebe críticas de um membro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia responsável pelo julgamento de fusões no País. "Não fosse uma tese bastante controvertida, o argumento de campeão nacional, parece-me que nem sequer é aplicável ao caso, pois o principal acionista do Pão de Açúcar não é brasileiro", comentou à Agência Estado, o conselheiro Olavo Chinaglia.

Chinaglia está em Paris, na França, representando o órgão antitruste na OCDE. E é esta avaliação que ele tem apresentado aos franceses e demais estrangeiros que o interpelam procurando uma avaliação sobre o negócio. "À distância é esta avaliação que estou tendo", disse.

Além de Abílio Diniz, o também francês Casino é dono do grupo Pão de Açúcar. O Casino comprou ações preferenciais no mercado, aumentando sua participação societária de 37% no Pão de Açúcar para 43% num possível contra-ataque ao negócio encabeçado por Diniz. A manobra visaria a tentar interromper o negócio na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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"O Cade não tem histórico de aplicar decisões sob esse argumento (de empresa nacional), obstante o caso AmBev", lembrou. "Portanto, não é um argumento plausível", acrescentou. Criada em 1999, a AmBev é a empresa resultante da controversa união entre as duas principais empresas concorrentes no setor de cerveja brasileiras, a Antarctica e a Brahma.

Quando foi aprovada pelo Cade, alegava a importância de se criar uma companhia verde e amarela. Anos depois, no entanto, a empresa se fundiu com o grupo belga Interbrew.

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