Murilo Ferreira escolhido sucessor de Agnelli na Vale
Valepar fez o anncio na noite da segunda-feira 4; nome foi unanimidade entre acionistas e agrada presidente Dilma; ex-diretor-executivo da companhia, ele assume em 22 de maio
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247 - A Valepar, holding que controla a mineradora, escolheu em reunião na segunda-feira 4 Murilo Pinto de Oliveira Ferreira para substituir o diretor-presidente Roger Agnelli. Ferreira assume o cargo em 22 de maio. O nome dele foi aprovado por unanimidade entre os acionistas Bradesco, Previ, BNDES e Mitsui. O anúncio supreendeu o mercado, que esperava um comunicado apenas para a próxima quinta-feira 7. Com 58 anos de idade, Ferreira foi diretor-executivo da Vale entre os anos de 2005 e 2008. Ele atuou em diferentes áreas da mineradora, como alumínio, carvão, energia e siderurgia. Atualmente, é sócio da Studio de Investimentos, que se dedica ao mercado de ações. Seu nome é do agrado da presidente Dilma Rousseff. Ontem, diante de rumores de que a Vale apresentaria uma lista tríplice de candidatos a diretor-presidente, as ações da companhia tiveram alta de 2,36% na Bovespa.
Murilo Ferreira foi um dos líderes, dentro da Vale, do negócio de compra da canadense Inco, mineradora de níquel. Assim que a companhia brasileira concretizou a compra, ele tornou-se o primeiro presidente da nova subsidiária. No exercício do cargo, entre 2006 e 2008, manteve contatos formais com a presidente Dilma Rousseff, então ministra das Minas e Energia. Ele teria deixado a Vale, depois de uma carreira iniciada em 1977, como diretor da área de alumínio, por divergências com o atual diretor-presidente Roger Agnelli, que defendia uma política mais dura de recursos humanos.
Graduado em Administração pela FGV, pós-graduado pela FGV-SP e pela IMD Business School, de Lausanne, Suiça, Ferreira superou nomes considerados favoritos pela imprensa, como o atual presidente da Inco, Tito Martins, e o diretor de Marketing e Vendas da Vale, José Carlos Martins. Avalia-se que Ferreira fará uma gestão mais ligada às decisões do Conselho de Administração da companhia. O bloco de controle da Vale é formado por Previ (49%), Bradesco (21,21%), Mitsui (18,24%) e BNDESpar (11,51%). O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem, pouco antes do anúncio do final da novela da sucessão de Agnelli, que "a Vale precisa contribuir mais fortemente para o desenvolvimento interno do país". Ele defendeu que a companhia passe a produzir aço. "A produção de aço aqui é necessária ao povo brasileiro, à sociedade".
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