Momento econômico do Brasil é de confiança na lição de casa

Se compararmos com o mundo, a economia brasileira tem hoje todas as condições para superação da crise que desorganiza a economia no planeta



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É verdade que a economia brasileira perdeu força e se desacelerou no terceiro trimestre de 2011. O consumo das famílias sofreu a primeira queda, de 0,1%, desde o quarto trimestre de 2008, quando o mundo foi abalado pela crise econômica deflagrada pelos Estados Unidos. Mas é um pequeno reflexo das medidas tomadas como precaução para ajustar as metas econômicas e criar condições para o enfrentamento à crise econômica internacional. Se compararmos com o mundo, a economia brasileira tem hoje todas as condições para superação da crise que desorganiza a economia no planeta.

É verdade que o Brasil sofre os reflexos da crise internacional que agora atinge a Zona do Euro e ameaça a própria moeda comum da Europa. O tamanho da crise europeia pode ser medido pelo alerta da agência Standard & Poor's de que pode rebaixar a nota de risco da Alemanha e a da França, duas das mais sólidas economias do mundo e pilares da integração européia.

Em busca de solução, os governos de Alemanha e França propõem um novo acordo para reconfigurar a União Européia. O objetivo é estabelecer novas metas para a zona do euro evitando que a propagação da crise e crescimento do endividamento público corroa a moeda. As propostas apresentadas até agora, porém, não convenceram nem a governantes nem a investidores e a crise persiste como forte ameaça à estabilidade econômica na maior parte dos países.

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Nos Estados Unidos, a crise econômica ameaça a própria reeleição de Barack Obama. O país mais rico do mundo não consegue estancar a crise que corrói o poder de compra dos americanos e mantém o desemprego na taxa de 8,6% ou 13,3 milhões de pessoas.

O Brasil sente os reflexos, porém, o resultado do terceiro trimestre não significa paralisação da nossa economia. O PIB (soma de todas as riquezas produzidas pelo país) do terceiro trimestre caiu na comparação com o segundo trimestre deste ano, mas cresceu 2,1% na comparação a igual período de 2010.

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De acordo com o IBGE, o PIB alcançou R$ 1,05 trilhão entre julho e setembro. Nesse período, a agropecuária cresceu 3,2%, alcançado avanço acumulado de 6,9% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Esses mesmos dois períodos comparados permitem registrar crescimento de 2% para o setor de serviços e de 1% para a indústria.

Em 12 meses, a alta do PIB brasileiro é de 3,7%. No acumulado de 2011 até setembro, o crescimento é de 3,2%. Não é pouco diante dos resultados de países ricos, cujo crescimento este ano dificilmente vai passar de 1,00%, quando não apresentar retrocesso.

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Ainda assim, como fez em 2008, o governo brasileiro tomou medidas para estimular o consumo, reduzindo impostos para a compra de eletrodomésticos e aplicações financeiras, assim como cortando o IOF para financiamento de automóveis. Paralelamente, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros, a Selic, de 11,5% para 11%.

No final do ano passado a Selic havia sido aumentada como forma de desacelerar a economia e conter a inflação. Agora que os objetivos já foram atingidos e que os reflexos da crise internacional parecem mais agudos, o governo brasileiro usa as mesmas ferramentas que, de forma eficiente, ajudaram o país a crescer em ritmo acelerado nos últimos anos. Novamente, o país tem tudo para atravessar esse momento de turbulência com tranqüilidade, mantendo-se na trajetória de crescimento, geração de empregos e distribuição de renda com justiça social.

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Edinho Silva é deputado estadual, presidente do PT do estado de São Paulo e ex-prefeito de Araraquara (2001-2008)

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