Ministro Carlos Fávaro anuncia volta da exportação de frigoríficos para a China e vê 'boa vontade' de Pequim

Agredido por Bolsonaro, o país asiático agora reforça o comércio com o Brasil

Carlos Henrique Fávaro
Carlos Henrique Fávaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


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247 - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta quarta-feira (18) que a China retirou a suspensão das exportações de três frigoríficos brasileiros - dois de aves e um de bovinos. O titular da pasta fez o anúncio após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Questionado sobre se a suspensão dos embargos representa um gesto de "boa vontade" de Pequim com o novo governo brasileiro, Fávaro respondeu: "Eu não acho, eu tenho certeza". A declaração foi publicada pelo jornal Valor Econômico.

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O ministro confirmou a habilitação de 11 plantas brasileiras pela Indonésia, todas de carne bovina. O país do sudeste asiático importa US$ 1 bilhão em carnes por ano.

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Os embarques para a China estavam embargados desde o ano passado. Os motivos não foram esclarecidos na época, mas o governo Jair Bolsonaro (PL) fez alguns ataques à China durante o governo dele, o que dificultou a relação entre os dois países.

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Representante da extrema-direita no Brasil, Bolsonaro teve nos últimos anos uma relação mais próximo de Donald Trump, quando o norte-americano ocupava a Presidência dos Estados Unidos - o político do Partido Republicano demonstrou em várias ocasiões ver a China como uma ameaça à liderança dos EUA na economia global.

Segunda maior potência mundial, o país asiático teve um Produto Interno Bruto de US$ 11,2 trilhões em 2022, apontaram números divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no mês passado. Os EUA conseguiram um PIB de 18,3 trilhões.

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Alinhando-se a Trump, Bolsonaro também faz ataques aos chineses nos últimos anos. Em setembro de 2021, por exemplo, ele criticou a Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida na China. Em maio do mesmo ano, o então ocupante do Planalto insinuou que coronavírus foi criado no país asiático em laboratório para uso em "guerra". Em novembro de 2020, o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também fez ataques à China.

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