Migração de contas da Bahia abre crise na CEF

Jaques Wagner quebra contrato com o Banco do Brasil para transferir contas de funcionrios pblicos baianos, por R$ 780 milhes, para Caixa; um contrato foi rasgado, ataca adversrio Geddel Vieira Lima, vice-presidente da prpria Caixa; Jorge Hereda no fogo cruzado

Migração de contas da Bahia abre crise na CEF
Migração de contas da Bahia abre crise na CEF (Foto: Edição/247)


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 247 – A aparente necessidade do governo da Bahia de fazer caixa, e rapidamente, abriu uma crise de grandes proporções na cúpula da Caixa Econômica Federal, com rebatimento no Banco do Brasil e eco no Ministério da Fazenda. A vigência de um contrato assinado entre a administração baiana, chefiada pelo governador petista Jaques Wagner, e o Banco do Brasil, para a administração, pela instituição, das contas correntes do funcionários públicos do Estado até 2015, foi interrompida para que as mesmas contas, por meio do pagamento de R$ 780 milhões, migrem para a Caixa Econômica Federal. O negócio ocorre sem a abertura de licitação pública e está no epicentro da elevação das diferenças entre PT e PMDB na cúpula do banco presidido por Jorge Hereda. Ele é ligado ao PT e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Internamente, a compra dos direitos pelas contas correntes levantou oposição do líder da ala do PMDB, o ex-ministro e político baiano Geddel Vieira Lima, vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. “Fiz nove notas técnicas como emenda ao contrato”, lembrou Geddel ao 247, em entrevista na manhã de hoje. “Eu não sou a favor de que os funcionários fiquem com suas contas pulando de lá pra cá. Elas já foram do Bradesco, passaram pelo Banco do Brasil e agora vem para a Caixa. O governador não parece saber o que está fazendo”. Para ele, “um contrato foi rasgado” por Wagner para tirar as contas do BB. O negócio, porém, já foi aprovado pela diretoria da instituição.

Briga pelo FGTS

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A  disputa entre PT e PMDb não se limita à questão da folha. O conflito partidário voltou à tona, quando o vice-presidente de Loteria Fábio Cleto se recusou a apoiar a iniciativa que visa impedir o uso de recursos do FGTS em empreendimentos comerciais relacionados à Copa e às Olimpíadas. A não utilização é defendida pelo PT. Cleto segue a orientação do PMDB, que é a favor do uso do dinheiro para os eventos esportivos. Peemedebistas também contestam o uso de FI-FGTS em grandes operações de compra de participação acionária em empresas de grandes grupos, como Odebrecht e EBX.

Ao lado do PT, o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa, Marcos Vasconcelos, fez um parecer de quatro páginas contrário ao uso dos recursos nas obras. Cleto elaborou outro documento, a favor.  Os dois pareceres foram entregues ao presidente da instituição, Jorge Hereda, do PT e, portanto, mais um contrário ao uso dos recursos. Hereda resolveu ignorar Geddel e Cleto. O PMDB, por sua vez, foi se queixar no Planalto.

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A presidente Dilma, no entanto, teria autorizado a demissão de Cleto, que poderia ser revertida caso o vice-presidente parasse com as picuinhas. Uma caso inédito de ameaça de demissão.

A presidente também orientou a bancada do PT a vetar a parte do texto da Medida Provisória 540 que autoriza o uso de cerca de R$ 5 bilhões do FGTS para ser aplicado, por exemplo, em obras como aeroportos, metrô, reforma urbanística e até construção de hotéis. De acordo com a MP, os recursos só não poderão ser usados na construção de estádios e arenas esportivas. Assim, Dilma resolveria o conflito, em outra instância.

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Em diversas reportagens recentes, o 247 revelou como o dinheiro do FGTS vem sendo usado, em compras de participações de empresas como LLX, Foz do Brasil e Rede Energia.

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