Mesmo com redução, preço do gás de cozinha da Petrobrás continua acima do PPI, aponta Observatório Social do Petróleo

Para o diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Rafael Prado, é preocupante que a nova política de preços da Petrobrás não trate sobre o gás liquefeito de petróleo

Gás de cozinha
Gás de cozinha (Foto: Reuters/Caetano Barreira)


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Observatório Social do Petróleo - Apesar da redução de quase R$ 9 no preço às distribuidoras, o GLP (gás liquefeito de petróleo) fornecido pela Petrobrás continua sendo vendido acima da paridade de importação. O botijão de 13 quilos de gás de cozinha nas refinarias estatais está custando R$ 32,96, o equivalente a R$ 2,18 a mais que o PPI (Preço de Paridade de Importação), que vale R$ 30,78, segundo a última publicação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O levantamento é do Observatório Social do Petróleo (OSP) e mostra que a Petrobrás tem cobrado mais caro do que a paridade de importação desde março de 2022. E mesmo ultrapassando os parâmetros do PPI, a estatal pratica hoje o menor valor em comparação às refinarias privadas. A Acelen, gestora da Refinaria de Mataripe, vende o gás de cozinha a R$ 46,87, ou seja, R$ 16,08 mais caro que o PPI, e a Refinaria da Amazônia (Ream) cobra R$ 37,76 pelo produto, uma diferença de R$ 6,98 em relação ao preço de paridade de importação.

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>>> Petrobrás acaba com PPI, mas falta garantir 'abrasileiramento' dos preços, diz Observatório Social do Petróleo

O estudo do OSP - baseado em dados da ANP, Petrobrás, Acelen e Ream - aponta ainda que nos três primeiros meses deste ano houve uma pequena queda no consumo de gás de cozinha, de 0,96%. A maior redução nas vendas de botijão foi registrada na região Sudeste, com -2,53%. “Vivemos há alguns anos uma tragédia nacional. Em 2022 já tivemos o menor consumo de gás em uma década e no primeiro trimestre do ano continuamos vendo uma redução deste consumo. E como já sabemos, quem não usa gás de cozinha está utilizando lenha ou etanol, gerando maiores acidentes e poluição ambiental", afirma o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

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Para o diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Rafael Prado, é preocupante que a nova política de preços da Petrobrás não trate sobre o GLP. “Na verdade, o gás de cozinha deveria ter uma atenção até mais especial do que gasolina e diesel, já que é um bem muito sensível ao preço, principalmente para a população mais pobre. Cada real a mais no preço do botijão significa milhares de pessoas a menos consumindo esse produto essencial”, conclui o dirigente.

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