Mercado responde com euforia a juros em 12%

Banco Central de Alexandre Tombini aposta no crescimento ao cortar selic em meio ponto; bolsa dispara mais de 3,4% na contramo do mundo; JPMorgan eleva recomendao das aes brasileiras; mas tem muita gente que no gostou...



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247 - Os investidores do mercado acionário passaram por cima dos analistas e levam o pregão da Bovespa a uma manhã de alta exuberante. Desde o primeiro minuto, as ações estão subindo e agora há pouco registravam alta de 3,45%, com o Ibovespa em 58.422 pontos. Esse movimento de hoje é curioso, por colocar em lados opostos os analistas do mercado financeiro e do mercado acionário.

Os do mercado financeiro estão ‘chocados’ com a queda do juro de meio ponto porcentual patrocinada pelo Copom, ontem. De outro, os do mercado acionário, que apostam no crescimento e na volta dos lucros das empresas com a queda dos juros.

O JP Morgan divulgou relatório nesta manhã elevando o potencial de ganho das ações, depois da queda da Selic. Enquanto isso, analistas de todos os quadrantes, inclusive ex-dirigentes do Banco Central, como Gustavo Loyola e Alexandre Schwartzman, comentam de forma explícita que o BC errou ao reduzir os juros.

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O discurso é sempre pela linha da perda de independência e do perigo que a inflação representa. Dois comentários são interessantes:

1)  O Copom, composto por meia dúvida de acadêmicos e funcionários de carreira, não deveria ter mais poder que um governo eleito por mais de 50 milhões de votos dos brasileiros. Ou seja, esta independência é relativa num país como o Brasil.

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2)  Meio ponto para lá ou para cá não deveria fazer muita diferença num contexto em que a taxa de juro é a maior do mundo, no caso, a brasileira.

Leia abaixo notícia de 247 a respeito da decisão do Copom:

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O Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu e decidiu hoje reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual para 12% ao ano. Com isso, o colegiado do Banco Central interrompe o processo de aperto monetário iniciado em janeiro deste ano.

Levantamento feito pela Agência Estado com 72 instituições do mercado financeiro mostrou que era unânime a aposta na estabilidade da taxa Selic em 12,50% nesta reunião do comitê do BC. De janeiro a julho, a taxa Selic foi elevada em 1,75 ponto porcentual.

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O comitê tem mais dois encontros previstos para 2011. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 18 e 19 de outubro e a última reunião, para 29 e 30 de novembro. A ata da reunião de hoje será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 8 de setembro.

No início da semana, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse hoje que esperava "um balizamento adequado" da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Conselho de Política Monetária (Copom). "Não vamos fazer prognóstico, mas estamos criando as condições para que, senão agora, reduzir as taxas de juros, que é condição para o desenvolvimento econômico sustentável", disse ele, em audiência no Senado. "Estamos ansiosos pela hora em que as taxas de juros vão cair no Brasil", reforçou.

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Ele disse também que é preciso aumentar a taxa de investimento no País. "A nossa taxa de investimento é muito baixa, de 19% do PIB (Produto Interno Bruto)", disse. Segundo ele, o governo tem como meta elevar este porcentual para 25% do PIB. "Vamos rever estas metas no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) periodicamente para chegar o mais rápido possível nos 25%", afirmou.

 

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