Mercado financeiro melhora projeções e passa a ver 1º corte nos juros em agosto, com Selic mais baixa ao fim de 2023 e 2024

Analistas ouvidos pelo BC avaliam que o primeiro corte na taxa básica de juros (Selic), de 0,25 ponto percentual, será anunciado em agosto

Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília 15/01/2014
Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília 15/01/2014 (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)


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Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central melhoraram as perspectivas para a inflação e o crescimento econômico e passaram a ver o primeiro corte na taxa básica de juros em agosto, com a Selic mais baixa tanto ao fim de 2023 quanto em 2024, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

As revisões no levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, vêm na esteira de dados melhores divulgados recentemente, e na véspera do primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Os especialistas seguem vendo que o Copom irá manter a Selic no atual patamar de 13,75% ao anunciar sua decisão de política monetária na quarta-feira. Mas agora passaram a ver que o primeiro corte acontecerá em agosto, de 0,25 ponto percentual, contra previsão de manutenção antes.

Depois disso, está prevista mais uma redução de 0,25 ponto percentual na Selic em setembro, seguida de mais cortes de 0,5 ponto cada nas duas últimas reuniões do ano, com a taxa básica passando a ser estimada em 12,25% ao final deste ano, de 12,50% antes.

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Já para 2024 a projeção para a Selic agora passou a 9,50%, de 10,00% antes, enquanto para 2025 e 2026 seguem em 9,0% e 8,75%, respectivamente.

Depois de a inflação ao consumidor brasileiro ter desacelerado em maio com mais força do que o esperado, levando o IPCA em 12 meses a 3,94%, patamar mais fraco desde outubro de 2020, o Focus mostrou forte redução nas expectativas para a inflação.

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A alta do IPCA este ano agora é estimada em 5,12%, de 5,42% antes, enquanto, para o ano que vem, a conta foi reduzida em 0,04 ponto percentual, a 4,0%. Para os dois anos seguintes houve redução a 3,80%, de 3,90% e 3,88%, respectivamente, no levantamento anterior.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 e 2025 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem reunião marcada para a próxima semana, em que deve estabelecer a meta de inflação para 2026, e o mercado tem especulado sobre a possibilidade de determinar que o BC siga o objetivo de inflação sem um prazo determinado.

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Para o Produto Interno Bruto (PIB), também houve melhora na estimativa do Focus para este ano, depois de o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) ter apontado que a economia cresceu em abril mais do que o esperado. A perspectiva de crescimento econômico em 2023 deu um salto a 2,14%, de 1,84% antes.

No entanto, o levantamento com uma centena de economistas mostra que para 2024 a expansão do PIB passou a ser estimada em 1,20%, de 1,27% antes.

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