Marcelo Neri: 'priorizar os mais pobres, como faz Lula, ajuda a lubrificar as rodas da economia'

Em entrevista à TV 247, o economista e especialista em questões de desigualdade avaliou que o que foi feito em seis meses de governo é “impressionante”

Marcelo Neri e Luiz Inácio Lula da SIlva
Marcelo Neri e Luiz Inácio Lula da SIlva (Foto: Reuters | Bruno Concha/Secom | ABr I Divulgação I Reprodução (TV 247))


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247 - O economista Marcelo Neri, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) destacou em entrevista na TV 247 a importância de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "priorizar os mais pobres, uma condição que ajuda a lubrificar as rodas da economia". "O que foi feito em seis meses de governo é impressionante", disse o estudioso, que foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República no governo Dilma Rousseff (PT).

"Os primeiros passos… Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos.O primeiro passo foi pensar nos mais pobres dos pobres.Quanto mais você olha pra base, maior é o multiplicador de curto prazo. (Temos) uma herança complicada. É preciso inclusão produtiva, socioeconômica, e me parece que se está apontando pra isso. Tenho uma visão positiva. A conjuntura está ajudando. O desafio vai ser o desafio fiscal. Estamos voando", acrescentou. 

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De acordo com Neri, o governo precisa "tomar cuidado" com políticas voltadas para as pessoas de menor poder aquisitivo". "A renda dos pobres não é tão protegida quanto as outras rendas. As condições econômicas estão ventando a favor. No governo Bolsonaro foi uma tempestade perfeita ao quadrado.Temos uma coisa favorável, a experiência, conhecimento, propostas. Estamos começando a colher resultados. Acho que eles serão bem auspiciosos".

O economista comentou sobre a educação e mencionou o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). "Também não é só dar algo aos pobres, mas dar mercados decentes para eles operarem", complementou.

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Sobre os programas citados pelo estudioso, a reestruturação implementada no Bolsa Família resultou na saída de 18,52 milhões de famílias da linha da pobreza em junho deste ano. Essa ajuda é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), comandado por Wellington Dias (PT). 

Pela proposta, é oferecido um mínimo de R$ 600, além de um adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos. Em junho, foram implementados os benefícios variáveis de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de sete a 18 anos, e o valor per capita de R$ 142. Por consequência foi registrado o maior valor médio já registrado no programa: R$ 705,4.

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O governo Lula também reativou, em fevereiro deste ano, o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que alcançou a marca de 10 mil unidades habitacionais entregues no primeiro semestre, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. 

A ideia é contratar mais 2 milhões de moradias até o final de 2026. O programa foi dividido em três faixas: faixa 1: famílias com renda mensal de até R$ 2.640; faixa 2: famílias com renda entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400, e faixa 3.

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No caso do Mais Médicos, a proposta contrata profissionais de saúde com atuação em todo o País. O investimento será de R$ 712 milhões neste ano. Serão abertas 15 mil vagas para médicos brasileiros e estrangeiros em 2023, o que, de acordo com o governo, garantirá “acesso à saúde para mais de 96 milhões” de pessoas.

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