Marcas ocidentais encontram dificuldades para deixar a Rússia
Empresas como Marks and Spencer, Burger King e os grupos hoteleiros Marriott e Accor terceirizam suas operações e não podem romper os acordos contratuais
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247 - Ao contrário de muitas companhias ocidentais que estão deixando a Rússia em decorrência das sanções impostas pela guerra na Ucrânia, muitas empresas devem permanecer no país alegando que não podem fechar suas operações em função dos contratos firmados. Marcas como Marks and Spencer, Burger King e os grupos hoteleiros Marriott e Accor, por exemplo, possuem acordos de franquia que impedem o fim das operações. “As empresas terceirizaram os negócios russos para terceiros e não são proprietárias das operações que levam seu nome”, diz a BBC News.
Segundo a reportagem, a “M&S tem 48 lojas e Burger King tem 800 restaurantes ainda abertos, enquanto Marriott e Accor têm 28 e 57 hotéis abertos respectivamente”.Muitas dessas empresas mantêm esses acordos há décadas.
"Por exemplo, as lojas Marks and Spencer são operadas por uma empresa turca chamada FiBA, que detém os direitos de vender os produtos do varejista na Europa Oriental desde 1999. A gigante do varejo disse que suspendeu os envios de seus produtos para a FiBA em resposta à guerra”, destaca a BBC.
"Você como um membro do público... pensaria por que eles simplesmente não fecham suas lojas? Mas apenas de uma perspectiva puramente comercial e contratual, é muito difícil fazê-lo sem algumas consequências legais de longo alcance”, destacou o especialista em franquias britânicas e internacionais do escritório de advocacia Bird&Bird, Graeme Payne.
Segundo ele, uma saída abrupta com o rompimento dos contratos podem ter implicações financeiras e legais para as empresas ocidentais, que podem ser processadas pelos franqueados se quebrarem qualquer acordo, que geralmente dura 10 anos ou mais.
A BBC também observa que “mesmo que uma marca conseguisse obter uma decisão judicial do Reino Unido contra uma franquia na Rússia, "os tribunais russos não a cumpririam".
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