Mantega diz não ver risco de calote grego. Nesta semana
O ministro da Fazenda disse que pde constatar, durante a reunio do G-20, na semana passada, que os gregos tm cumprido todas as obrigaes com o fundo europeu e o FMI
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que não vê possibilidade de default (calote) da Grécia nesta semana. Ele disse que pôde constatar, durante a reunião do G-20, na semana passada, que a Grécia tem cumprido todas as obrigações com o fundo europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mantega disse que, enquanto a Grécia cumprir com estas obrigações, vai receber recursos para os vencimentos da dívida. "Olhei detalhadamente as contas da Grécia e me parecem sustentáveis", disse, em breve pronunciamento na portaria do Ministério da Fazenda.
O ministro falou que não há nada de iminente na Grécia. "Não que a crise esteja menos grave, mas os mercados estão mais calmos hoje", comentou. Ele afirmou que a situação internacional ainda não é boa, na Europa e nos Estados Unidos.
Fundo europeu
Mantega avaliou que o caminho a seguir para tentar conter os efeitos nocivos da crise das dívidas nos países europeus é a aprovação, o quanto antes, do novo fundo financeiro do continente para ajudar as economias em maior dificuldade. "A exemplo do que o Fed (banco central norte-americano) fez nos Estados Unidos, esse fundo (europeu) tem de ser aprovado logo para que a situação fique sob controle. Mas, mesmo assim, a crise vai continuar", afirmou o ministro.
Mantega explicou que a alternativa do fundo europeu servirá para evitar uma "agudização" da crise, mas não evitará uma recessão nas economias norte-americanas e europeias. Para o ministro, "o Brasil está preparado para enfrentar essa situação difícil".
Além disso, o ministro afirmou que o governo brasileiro não está planejando nenhuma medida adicional. "As medidas prudenciais já foram tomadas. Por isso, não vamos mudar nada no IOF (sobre derivativos cambiais)", completou. Segundo Mantega, as distorções na taxa de câmbio que ocorreram nas últimas semanas já estariam corrigidas, sem a necessidade de ações adicionais por parte do governo, no momento.
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