Mais uma suspeita no caso Santos

Empresa contratada pelo BC para fazer a segurana do imvel e das obras de arte de Edemar Cid Ferreira seria uma firma de fachada



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247 - O jornalista Frederico Vasconcelos, especializado em questões jurídicas, revela mais uma suspeita em relação à intervenção no banco Santos. A empresa contratada pelos interventores do Banco Central para fazer a segurança das obras de arte e da casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, despejado de sua residência, seria uma firma de fachada. Leia:

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de São Paulo, efetuou investigação sigilosa para apurar a suspeita de que a firma responsável pela segurança das obras de arte e da casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, avaliadas em torno de R$ 250 milhões, seja empresa de fachada.

Trata-se da Setesti Serviços de Conservação e Limpeza Ltda., microempresa que cuida da limpeza e da portaria do escritório do administrador judicial da falência do Banco Santos, Vânio Aguiar. Ele acumula a função de fiel depositário da casa -responsável pela guarda dos bens.

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A sede da Setesti é um imóvel sem placa, na via Anchieta. "A gente não faz propaganda externa por questão de segurança", diz Ermelindo Corral, dono da empresa. Ele recebeu a Folha no pequeno escritório. Corral comprovou o pagamento de impostos e exibiu outros contratos.

Prestaram depoimento ao Gaeco Joelmo Gouveia, que foi segurança na casa durante 14 anos, e o perito Alberto Sauro, que apontou a falta de algumas obras. Os promotores do Gaeco e o ex-banqueiro não comentam o assunto.

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A apuração começou em fevereiro, diante de dados da Promotoria da 1ª Vara Cível de Pinheiros. Havia relato da remoção de gravadores que controlavam câmeras de vigilância da casa, ato não autorizado pelo juiz da ação de despejo da família Cid Ferreira, Régis Bonvicino.

A Setesti foi contratada em 2009 em caráter de urgência pela massa falida para prestar serviços de limpeza e portaria (com vigias desarmados) por R$ 23,5 mil mensais.

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Aguiar reuniu cinco orçamentos e a Setesti "apresentou o melhor custo/benefício". Em maio passado, a empresa recebeu R$ 52 mil, por "serviços de limpeza e segurança patrimonial" -aumentou o valor ao prestar serviços na casa do ex-banqueiro.

A segurança patrimonial não consta do objeto social da Setesti. Para Aguiar, é um erro de classificação contábil. "Quando faz controle de entrada, a Setesti faz segurança patrimonial desarmada", afirma Corral.

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Relatório foi enviado ao promotor da falência, Eronides dos Santos. "O Gaeco tem como missão o combate ao crime organizado, e não vejo nenhum indício de prática criminosa", diz o promotor.

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