Lula vai manter programas da PEC dos Benefícios, "mas vai ter que redesenhá-los", diz Guilherme Mello

"Nosso plano é que ninguém venha a perder essa renda", afirma o economista que participa do grupo responsável pela formulação do programa de governo da chapa Lula-Alckmin

Guilherme Mello e Lula
Guilherme Mello e Lula (Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert)


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247 - Um dos principais economistas que participa do grupo responsável pela formulação do programa de governo da chapa Lula-Alckmin (PT/PSB), Guilherme Mello afirmou à Folha de S. Paulo que o eventual terceiro governo Lula precisará manter os programas que estão sendo criados de maneira oportunista e eleitoreira pelo governo Jair Bolsonaro (PL) por meio da PEC dos Benefícios, ou 'PEC da Compra de Votos'.

Mello disse que os programas precisarão ser redesenhados. "O futuro governo vai ter que manter. Ninguém vai poder perder dinheiro. Mas vai ter que redesenhar o programa para que seja algo de verdade, e não uma solução acochambrada como a que está aí".

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"Este governo é de um oportunismo criminoso. O Bolsonaro era o primeiro a criticar esse valor", destacou o economista ao citar a intenção da PEC de elevar o valor do Auxílio Brasil para R$ 600, o que o PT defende desde 2020.

Mello cita também a problemática qualidade do gasto. "Não há critérios, você tem domicílio com uma pessoa ganhando R$ 600 e com cinco recebendo a mesma coisa. Não há foco, não há preocupação com a primeira infância, discussão sobre limites. Isso tudo tem de ser reformulado".

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O objetivo do novo governo, explica o economista e professor, será garantir que os beneficiários não percam dinheiro. "Nosso plano é que ninguém venha a perder essa renda. Se você fizer isso, a pessoa volta para uma situação de pobreza. Os programas sociais têm de ser ampliados, mas com critérios e planejamento".

Mello também falou do auxílio que será dado aos caminhoneiros, no valor de R$ 1.000. Ele disse que o problema central é a política de preços da Petrobrás, que dolariza o preço dos combustíveis no Brasil e suga a renda dos brasileiros, repassando-a para os acionistas privados da empresa.  "O problema é a política de preço de combustível. Mesmo que o caminhoneiro tenha um alívio, o frete vai continuar caro, o consumidor vai seguir sofrendo os efeitos no preço".

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