Lula diz que conversará com Haddad e bancos sobre juros do crédito consignado
"Isso aqui eu vou conversar com o Haddad e os presidentes dos bancos para saber como é que a gente está levando o povo pobre nisso", disse Lula
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Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que conversará com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidentes de bancos para discutir a questão dos juros do crédito consignado, que ele apontou como "muito caro".
"O que me deixa indignado é o juro consignado", disse Lula, durante live semanal em suas redes sociais, apontando que o juro cobrado a grandes produtores será de uma margem de 7% a 12,5% ao ano em empréstimos do Plano Safra, que será anunciado nesta terça, enquanto a taxa para o crédito consignado, segundo ele, chega a 30%. Lula disse que mesmo a taxa prevista no Plano Safra "é cara".
"Isso aqui eu vou conversar com o Haddad e os presidentes dos bancos para saber como é que a gente está levando o povo pobre nisso. A gente está dando como garantia a folha de pagamento e ainda tem que pagar mais caro que paga o empresário", acrescentou Lula.
O presidente ainda voltou a criticar o patamar atual da taxa Selic em 13,75% e responsabilizou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao mencioná-lo como "um cidadão que a gente não sabe quem pôs ele lá".
Lula também afirmou que deseja fazer a economia brasileira crescer, mas que o crescimento deve ser distribuído por toda a sociedade e não privilegiar apenas os "donos do capital", para que assim se combatam as desigualdades.
"Agora esperamos daqui para frente fazer a economia crescer, distribuindo crescimento. Porque se a economia crescer e o crescimento for apenas para os donos do capital, o povo vai continuar desigual", disse Lula.
Ele acrescentou que o governo federal já estabeleceu as estruturas essenciais para combater as desigualdades e que para alcançar as metas que almeja basta "cumprir" o que está na "Constituição Brasileira, na Bíblia e na Declaração dos Direitos Humanos".
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