Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC, diz que Banco Central não tem mais como sustentar seu discurso

Desaceleração da inflação, apreciação do dólar e recessão obrigarão o Banco Central a reajustar os juros para baixo, afirma o ex-presidente do BNDES

Luiz Carlos Mendonça de Barros e Roberto Campos Neto
Luiz Carlos Mendonça de Barros e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução/Youtube | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Adriano Machado/Reuters)


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247 - Ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luiz Carlos Mendonça de Barros afirmou nesta terça-feira (11) pelo Twitter que o Banco Central não tem mais como “sustentar o discurso” e manter o patamar atual da taxa de juros, de 13,75%.

“Quero ver o Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] sustentar o discurso de não se mover este ano na redução de juros com a acomodação da inflação do IPCA, inflação no atacado zerada, um R$ [real] que vai se valorizar mais ainda com o fluxo atual de capitais estrangeiros e uma recessão que já está instalada”, destacou. “Será que o BC vai errar uma terceira vez por ser absurdamente fiel ao rígido protocolo do nosso sistema de metas de inflação? Ele errou na Selic a 2% ao ano e quando veio o choque externo de preços no atacado não ter tornado mais flexível a meta  de inflação”, complementou.

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A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou uma desaceleração significativa em março, ficando em 0,71%. No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 4,65%, o que representa uma queda em relação ao resultado registrado no mês anterior, quando o índice havia atingido 5,60%. O resultado representa a menor inflação em mais de dois anos, desde janeiro de 2021, quando o índice ficou em 4,56% no acumulado em 12 meses. A desaceleração da inflação aumenta a pressão sobre o Banco Central para que reduza os juros.

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Além disso, com a volta do presidente Lula (PT) ao poder, o Brasil registrou uma entrada recorde de dólares no país: foram US$ 12,524 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o maior valor desde 2012, conforme dados do Banco Central.

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