Landim: o nome da Vale

Executivo que j presidiu a BR Distribuidora, a mineradora MMX e a petrolfera OGX deve ser o substituto de Roger Agnelli



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O cargo mais cobiçado do mundo corporativo deverá cair nas mãos do executivo Rodolfo Landim. Ex-presidente da BR Distribuidora, da mineradora MMX e da petrolífera OGX, ele é o nome preferido da presidente Dilma Rousseff para ocupar a presidência da Vale. Embora seja uma companhia privada, a Vale tem como um de seus principais acionistas a Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil. Por isso, o governo acaba tendo influência no processo de escolha do CEO da companhia.

Landim é também amigo pessoal da presidente. Os dois trabalharam juntos no período em que ele esteve na BR e ela foi ministra das Minas e Energia e presidente do conselho de administração da Petrobras. Landim era um dos poucos técnicos da estatal que escapava das frequentes broncas da então ministra. Dilma avalia que a experiência na área energética será decisiva para o novo presidente da Vale, pois a companhia adquiriu concessões importantes no setor de petróleo. E ela também quer que a companhia invista mais no Brasil.

A saída de Roger Agnelli já vinha sendo discutida no governo Lula. O argumento: a Vale estaria priorizando a venda de minério bruto para os mercados internacionais e deixando de investir em produtos de maior valor agregado, como o aço. No entanto, essa estratégia deu resultados. No ano passado, a Vale lucrou R$ 30 bilhões, justamente porque se tornou capaz de fixar preços do minério no mercado internacional. E como Agnelli entregou bons resultados, Dilma quer que sua saída se dê sem maiores ruídos. Para isso, será preciso fazer uma composição amistosa com o Bradesco, que é também acionista relevante da Vale.

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Se Landim for confirmado, será uma derrota para Eike Batista, o homem mais rico do Brasil e antigo empregador do executivo. Há pouco mais de um ano, Eike tentou comprar a Vale, mas sua operação foi rejeitada tanto pelo governo como pelo Bradesco. Landim, que ajudou a construir a fortuna de Eike, nas empresas MMX e LLX, hoje é um desafeto do ex-patrão. Os dois romperam e mantêm uma disputa judicial bilionária nos tribunais. (Leonardo Attuch)

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