Kabum processa Itaú BBA por dano na venda para o Magalu

Operação de R$ 3,5 bilhões teria favorecido o grupo controlado por Frederico Trajano, que também foi citado na ação

(Foto: Reprodução)


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247 – Uma batalha judicial bilionária, conduzida pelo escritório Warde Advogados, pode atinge o Itaú BBA e o Magazine Luiza, hoje conduzido pelo executivo Frederico Trajano. Isso porque a transação de compra da varejista online Kabum por R$ 3,5 bilhões teria sido favorável aos compradores, em detrimento dos vendedores: os irmãos Leandro e Thiago Ramos.
"Um pouco mais de um ano depois de concluída a venda da varejista on-line Kabum, especializada em produtos para games, para o Magazine Luiza, transação que marcou a maior aquisição da história da empresa da da família Trajano, os fundadores e irmãos Leandro e Thiago Ramos deram início a uma batalha judicial bilionária para contestar a assessoria prestada para o fechamento do acordo. O processo coloca sob os holofotes problemas de um relacionamento bastante recente e que já culminou com o rompimento da relação", aponta reportagem do Valor, publicada nesta terça-feira.

Na ação judicial, "os fundadores da Kabum questionam o trabalho prestado pelo Itaú BBA nas negociações para o acordo entre as empresas", segundo aponta ainda a reportagem. "O Magazine Luiza não é réu na ação, mas a suposta atuação, durante as tratativas, do CEO da varejista, Frederico Trajano, é mencionada na ação pelos irmãos", acrescentam Fernanda Guimarães e Adriana Mattos, autoras do texto.

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Os irmãos sustentam que foram prejudicados na transação e, além da instituição financeira, é réu no caso Ubiratan Machado, diretor de M&A no Itaú BBA, que encabeçou as negociações na época. "Um dos pilares do caso, segundo a defesa dos fundadores, representada pelo Warde Advogados, está na suspeita de que a assessoria teria agido de forma conflituosa. Eles afirmam que o banco 'manobrou para que propostas ou negociações com outros interessados fossem sabotadas, minadas ou abandonadas de modo que [os sócios da Kabum] fechassem negócio com o Magazine'”, segundo relatam as jornalistas. "Para se munirem de argumentos na empreitada na Justiça, os fundadores da Kabum contrataram a Kroll para passar um pente-fino na busca de conflitos", acrescentam.

O documento da Kroll destaca que Ubiratan Machado, banqueiro à frente das tratativas, é concunhado do presidente do Magalu, Frederico Trajano, que se envolveu pessoalmente nas discussões de M&A. Os sócios do Kabum receberam parte do pagamento à vista, mas a maior parte dos recursos se reduziu fortemente, após a queda acentuada das ações do Magalu.

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Procurado, o Itaú BBA informou que a operação em questão foi concluída “após um processo competitivo transparente e que envolveu diversas companhias interessadas”.

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