Inflação é mais alta para ricos, mas produtos básicos pressionam mais pobres

No acumulado do ano, até abril, a classe de renda muito baixa é a que aponta a menor taxa de inflação (2,31%), enquanto a mais elevada é registrada no estrato de renda alta (3,0%)

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Valter Campanato/Agência Brasil | REUTERS/Paulo Whitaker | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


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247 - ​De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, em abril, à exceção do segmento de renda muito baixa, todas as demais classes mostraram desaceleração da inflação, na comparação com o mês anterior. Nota-se, no entanto, que em termos absolutos, a maior alta inflacionária, em abril, foi verificada no segmento de renda alta, com taxa de 0,68%. Para as demais faixas de renda, as taxas de inflação apuradas, em abril, ficaram em patamares muito próximos, em torno de 0,60%.

No acumulado do ano, até abril, a classe de renda muito baixa é a que aponta a menor taxa de inflação (2,31%), enquanto a mais elevada é registrada no estrato de renda alta (3,0%). Já no acumulado em doze meses, os dados mostram nova desaceleração da inflação, em todos os segmentos de renda pesquisados, sendo que a menor taxa apurada está na faixa de renda média-baixa (3,91%), ao passo que a maior está na classe de renda alta (6,1%). Para as famílias com renda muito baixa, a alta da inflação nos últimos doze meses, encerrados em abril, é de 4,13%.​

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"Em abril, de uma maneira geral, o principal ponto de pressão inflacionária veio da alta do grupo saúde e cuidados pessoais, refletindo, sobretudo, o reajuste de 3,6% dos produtos farmacêuticos. Para o segmento de renda alta, entretanto, o maior impacto inflacionário, em abril, foi originado pelo grupo transportes, repercutindo o aumento de 12% das passagens aéreas. Ainda que em menor intensidade, a alta dos alimentos no domicílio - especialmente dos cereais (1,2%), dos tubérculos (4,1%) e dos leites e derivados (2,9%) - também contribuiu para a inflação de abril em todos os estratos de renda", apontou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras na Carta de Conjuntura do Ipea.

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