Incorporadoras imobiliárias cobram redução urgente da taxa de juros

Com a taxa Selic em 13,75% e uma inflação acumulada de 3,94% nos últimos 12 meses, a taxa real de juros mantida por Roberto Campos Neto é de 9,4% ao ano

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 – A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) divulgou um comunicado enfatizando a importância da redução da taxa Selic na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, como medida vital para o desenvolvimento econômico do Brasil.

De acordo com a ABRAINC, o Brasil atualmente possui as maiores taxas de juros reais do mundo. Com a taxa Selic em 13,75% e uma inflação acumulada de 3,94% nos últimos 12 meses (IPCA de maio), a taxa real de juros é de 9,4% ao ano, muito acima do segundo colocado, o México, com 6,6%. Essa situação representa um grande obstáculo para investimentos e compromete a geração de empregos no país, afetando principalmente a população de menor renda.

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Os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utilizam recursos da poupança e movimentaram cerca de R$180 bilhões em 2022, são fortemente afetados pela alta taxa Selic de 13,75%. Isso inviabiliza a compra de imóveis para milhares de famílias, comprometendo o desempenho de um setor que é responsável por 10% dos empregos formais no Brasil.

Um exemplo concreto de como os juros elevados estão prejudicando os financiamentos imobiliários é que uma família com renda de até R$10.000,00, que anteriormente conseguiria adquirir um imóvel financiado no valor de R$470.000,00, agora só pode adquirir um imóvel de até R$370.000,00. Os juros altos aumentaram as parcelas do financiamento em impressionantes 23%.

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A manutenção da taxa Selic em 13,75% também é apontada como responsável pelo aumento da inadimplência das empresas. Atualmente, segundo o Serasa, 6,5 milhões de empresas estão negativadas. Além disso, houve um aumento de 40% nos casos de empresas em recuperação judicial e de 30% nas falências.

Por fim, a ABRAINC destaca que os gastos atuais do governo com juros são suficientes para a construção de 3 milhões de novas moradias populares, o que reduziria significativamente o déficit habitacional de 7,8 milhões de lares.

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A associação ressalta a urgência de uma redução significativa na taxa Selic como forma de impulsionar o crescimento econômico, fomentar investimentos e promover a geração de empregos. A ABRAINC espera que o Copom considere essas informações e tome medidas adequadas para promover uma redução substancial nos juros, visando o desenvolvimento sustentável do país.

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