Ibovespa fecha em queda e registra a pior pontuação do ano

O principal índice da Bolsa brasileira não conseguiu acompanhar a performance vista no exterior

Ibovespa
Ibovespa (Foto: REUTERS-Amanda Perobelli)


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Por InfoMoney - O Ibovespa fechou em queda de 0,17% nesta terça-feira (21), aos 99.684 pontos – e com volume de negociação de R$ 22,6 bilhões. O principal índice da Bolsa brasileira não conseguiu acompanhar a performance vista no exterior, onde os benchmarks americanos registraram altas consideráveis.

Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançaram, respectivamente, 2,15%, 2,45% e 2,51%, em um dia marcado por uma recuperação dos ativos de risco nos Estados Unidos na volta do feriado em Wall Street, após uma semana de fortes recuos.

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“A última semana foi muito fraca, com o S&P 500, por exemplo, tendo sua pior performance desde 2020. Acho que o mercado está se recuperando um pouco”, explica Jennie Li, analista de mercados internacionais da XP Investimentos.

Nos Estados Unidos, além da recuperação normal após forte queda, há também comentários de a venda de casas usadas em maio ter desacelerado na base mensal, saindo de 5,6 milhões para 5,41 milhões, ter sido vista com bons olhos.

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“O número veio dentro do esperado, apesar da desaceleração, trazendo alívio para os investidores”, comenta Caio Tonet, head de renda variável da W1 Capital.

O mercado imobiliário dos EUA não trouxe uma queda brusca, o que fortaleceria os sinais de uma recessão, mas também não se manteve em níveis elevados, o que pode ajudar a diminuir a pressão inflacionária.

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Ibovespa é prejudicado por ruídos políticos

No Brasil, os especialistas veem que o pregão foi marcado por um impacto direto do aumento do risco político, principalmente na frente do petróleo e dos combustíveis.

As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), recuaram, respectivamente 1.06% e 1,99%, em um dia que contou com a participação do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, em comissão na Câmara dos Deputados.

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“Investidores continuam mostrando certa aversão ao risco no Brasil, principalmente por conta da Petrobras. Há certa cautela por conta do noticiário envolvendo a empresa”, comenta Tonet.

Além da Petrobras, as ações ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3) também foram destaque entres as quedas, fechando em baixa de 4,10%.

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“Parte das preocupações quanto a Petrobras ainda transborda para outras estatais e isso ajuda a dragar a performance do Ibovespa”, diz Naio Ino, gestor de renda variável da Western Asset – que aponta que, além do risco político, recentemente vem se notado certa realização de lucros no setor financeiro.

Acompanhando o DXY, que mede a força da moeda americana frente outras divisas, dólar comercial caiu 0,63% frente ao real, negociado a R$ 5,153 na compra e a R$ 5,154 na venda, ignorando o risco político.

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A curva de juros, por sua vez, fechou sem tendência exata. Os DIs para 2023 e 2025 viram suas taxas recuarem, ambos, dois pontos-base, para 13,57% e 12,45%. Na ponta longa, os DIs para 2027 e 2029 tiveram seus rendimentos subindo um ponto, para 12,39% e 12,53%.

Foram destaques ainda entre as quedas do índice as ações da Cogna (COGN3)), com menos 4,33%, e da CPFL Energia (CPFE3), com baixa de 3,69%. Entre as altas, as ações ordinárias da Qualicorp (QUAL3) subiram 5,37%, as da Weg (WEGE3), 4,90% e as do IRB (IRBR3), 3,68%.

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