Ibovespa fecha em queda de 1,29%

No deu para ficar nem no zero a zero, mas pelo menos o mercado no caiu no abismo; que venha o fim de semana!



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247 - É como se os investidores desejassem, o quanto antes, a chegada de um fim de semana de trégua. Sem força e inspiração, cercada pela tensão do cenário internacional, o Ibovespa caiu 1,29% nesta sexta-feira. Um resultado ruim, muito semelhante ao de Nova York, que perdia 1,59%. Não deu para ficar no zero a zero, ao menos, mas não houve nenhuma queda no abismo. Na segunda, a história continua.

TARDE - Os agentes em torno das bolsas de valores do mundo parecem ter pedido um tempo para respirar em meio a tensão. Em Nova York, às 13h20, o placar do índice Standard & Poor´s 500 marcava - 0,07%, maior calmaria impossível. Esta espécie de parada para pensar se sentir pânico, como ontem, é mesmo o melhor a fazer, também se refletiu em São Paulo, com a perda forte dos primeiros minutos transformada em – 0,33%, aos 52.960 pontos, no mesmo horário. Na Europa, onde o ambiente é mais pesado, as perdas eram bem acentuadas, com – 1,92% em Paris e – 2,19% em Frankfurt. À tarde, o medo, sentimento bem anterior ao pânico, continuará presente, mas veremos até que ponto.

ABERTURA - A Bovespa abriu em queda de 1,3%, com o índice de ações apontando 52.482 pontos, acompanhando o pessimismo geral do mercado global. A Bolsa de Nova York também começou o pregão e há pouco marcava -0,77%, enquanto a Nasdaq caía 1,3%. O clima continua ruim para o mercado, com bolsas também em queda na Europa.

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PRÉ-ABERTURA - É uma saraivada de informações negativas inundando o noticiário de TVs, jornais e sites de notícias, além de blogs e boletins especializados, torturando e eliminando esperanças de dias melhores para as bolsas de valores. Há, basicamente, três vertentes: o mundo vai entrar em recessão, os bancos podem quebrar e está cada vez mais próximo o dia de um grande calote de um país central da zona do euro, tendo como colateral, a demolição do sonho de felicidade geral proporcionada pela moeda única europeia.

Tudo isso tem fundo de verdade e provoca pânico generalizado, principalmente em quem investe nas bolsas. Hoje, as bolsas asiáticas voltaram a cair forte. Tóquio perdeu 2,5%, Hong Kong caiu 3,1% e Xangai perdeu 1%. Foi Seul que mais sofreu, com queda de 6,2%. No front europeu, mais derrotas. O trio de ferro da liquidez escorregava, de novo, em alto estilo. A Bolsa Londres caia 2,5%, Frankfurt derretia 3,3% e Paris afundava 2,2%.

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Entre todas as análises de fim de mundo, algumas são mais sérias, duas para ser mais preciso. A primeira é o que gela a espinha de todos os que operam no mercado: a possibilidade de algum banco vir a quebrar, como em 2008, quando a falência do Lehman Brothers colocou o mercado em bancarrota. E dessa vez, pode acontecer?

Os analistas dizem que não, que os Bancos Centrais não vão deixar isso acontecer de novo. É mais ou menos que diziam em 2008. Mas, desta vez, os BCs aprenderam a lição e não deixarão a coisa se repetir, afirmam esses analistas. Mas para quem perdeu milhões de dólares em 2008, acreditando nessa crença, não vai pagar para ver. Por isso, vendem, reduzem posições, e buscam abrigo na renda fixa, ou mesmo nos depósitos à vista.

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O outro motivo de calafrio é motivado por um fato concreto. Está cada vez mais difícil encontrar uma saída para a queda de atividade na economia dos países ricos. Desde 2001, no ataque das Torres Gêmeas, o governo americano segurou a economia injetando liquidez de forma torrencial. Foi um desfile americano, diziam. Mas o que aconteceu foi uma bolha de crédito que se formou e estourou em 2008.

A crise foi resolvida, de novo, com grande injeção de liquidez, a partir da recompra de títulos do Tesouro pelo Fed. Esse dinheiro foi suficiente para manter a economia em funcionamento e levando alguns analistas a pensar que o mundo estava saindo da recessão. O que ajudou mesmo foi a impressionante reação da economia chinesa, que empurrou a economia mundial ladeira acima, com a ajuda de Brasil e Índia.

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E veio a segunda crise, que se manifestou na falta de controle dos gastos públicos por parte de países da zona do euro, notadamente Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. A possibilidade de calote assustou o mundo e gerou nova onda de temores, radicalizando com a situação dos Estados Unidos. Novamente, em função do seu alto endividamento, que gerou o rebaixamento pela Standard & Poors. O pano de fundo de toda essa desgraça é que, agora, os países ricos não têm instrumentos para lidar com a situação. O juro já está perto de zero e não serve mais para estimular a economia. A injeção de liquidez é um sedativo, na situação atual. Ou seja, o que vem por aí é recessão.

 

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