Ibovespa avança 1,36%, com ajuda de commodities e EUA, e dólar cai 0,57%, a R$ 4,79

Inflação mais fraca nos Estados Unidos e melhora do ambiente político na China foram principais motivadores das altas

Painel da bolsa em São Paulo - 21/03/2019
Painel da bolsa em São Paulo - 21/03/2019 (Foto: REUTERS/Nacho Doce)


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Vitor Azevedo, Infomoney - O Ibovespa fechou em alta de 1,36% nesta quinta-feira (13), aos 119.263 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, mais um dia, as notícias vindas do exterior e foi puxado também pelas empresas exportadoras de commodities. Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,14%, 0,85% e 1,58%.

“Os dados de inflação nos Estados Unidos continuam mostrando desinflação, o que favorece as taxas de juro globalmente e aumenta o apetite a risco como um todo”, explica Matheus Sanches, analista e sócio da Ticker Research.

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Nos EUA, após o CPI da véspera vir mais fraco do que o esperado, hoje foi a vez de a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) mostrar certa desaceleração da economia norte-americana. O índice teve alta de 0,1% em junho, contra 0,2% do consenso. Ao mesmo tempo, o número de pedidos de seguro-desemprego ficou em 237 mil na semana encerrada no dia 8 de julho, abaixo das estimativas de 250 mil, mostrando certa resiliência da economia.

O melhor cenário para os especialistas é um no qual a economia americana se mantenha aquecida, sem recessão, enquanto a inflação perde força.

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Os treasuries yields para dois anos perderam 11,8 pontos-base, a 4,62%, e os para dez anos, 9,8 pontos, a 3,763%.

O dólar, com isso, voltou a se enfraquecer mundialmente. O DXY, que mede a força da divisa americana frente a outras de países desenvolvidos, caiu 0,75%, a 99,77 pontos, patamar não visto desde o início do ano passado. Frente ao real, a queda foi de 0,57%, a R$ 4,79.

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“Nos EUA, o índice de preços ao consumidor de junho desacelerou mais do que o esperado, sugerindo que o Federal Reserve poderá em breve recuar de sua política de aperto. Os preços ao produtor nos EUA pouco subiram em junho e o aumento anual da inflação ao produtor foi o menor em quase três anos”, explica Carlos Honorato, professor da FIA Business School.

Além dos Estados Unidos, houve também boas notícias vindas da China. O premiê do gigante asiático se reuniu com gigantes de tecnologia, em um gesto de apoio ao setor. Após o Partido Comunista, recentemente, ter elevado o tom, a movimentação foi bem recebida e as bolsas por lá fecharam em forte alta.

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“As melhorias no contexto político envolvendo a China, com aproximação do país com Hong Kong, estão diminuindo as tensões existentes e trazendo boas perspectivas para a bolsa chinesa e sua economia como um todo”, diz Sanches. “Esses dois fatores também trouxeram fluxo comprador para a bolsa brasileira ao longo do dia, especialmente para commodities vinculadas à China, o que colaborou para fortes altas em setores como petróleo, mineração e siderurgia”.

Entre as maiores altas do Ibovespa ficaram companhias ligadas à exportação das commodities. As preferenciais série A da Usiminas (USIM5) ganharam 4,49%, as ordinárias da 3R Petroleum (RRRP3), 4,19%, e as da CSN (CSNA3), 3,26%. Os papéis ON da Vale (VALE3) ganharam 2,233% e os ON e PN da Petrobras (PETR3;PETR4), 1,46% e 1,58%, respectivamente.

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O noticiário interno, por fim, foi pouco agitado. Honorato destaca a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou que agora se “não se discute mais quando será o corte de juros pelo Banco Central, mas sim qual será a magnitude desse corte”. Além disso, o político também afastou as possibilidades de novos benefícios tributários da reforma em andamento.

A curva de juros brasileira, contudo, fechou com leve tendência de alta. Os DIs para 2024 foram os únicos que caíram, com menos um ponto-base, a 12,84%. Os para 2025 ganharam 0,5 ponto, a 10,83%, e os para 2027, quatro pontos, a 10,21%. As taxas dos contratos para 2029 subiram quatro pontos, a 10,51%, e as dos para 2031, três pontos, a 10,67%.

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