Huawei vê oportunidade com Lula e prepara expansão das fábricas no Brasil

O Brasil é considerado um mercado âncora para a empresa. Nos últimos 10 anos, ela investiu R$ 250 milhões em pesquisa e desenvolvimento e pagou R$ 1,6 bilhão em impostos só em 2022

Lula
Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


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247 - A Huawei, fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações, pretende ampliar suas fábricas no Brasil e fortalecer a colaboração com o governo federal em iniciativas voltadas para a digitalização do país. Essa perspectiva positiva foi reforçada durante a recente visita do presidente Lula (PT) e sua equipe à China, que incluiu uma inspeção ao Centro de Pesquisa da empresa em Xangai.

Durante sua visita à fábrica da empresa, o presidente Lula (PT) e sua comitiva não fizeram perguntas sobre a decisão dos Estados Unidos de banir a Huawei do país, sob acusação de espionagem, contou ao Estado de S. Paulo o vice-presidente de Relações Públicas da Huawei para América Latina e Caribe, Atilio Rulli, que fez parte do grupo de executivos que acompanhou a delegação brasileira em Xangai. "Em momento algum da visita foi citado esse tema. Não fomos demandados sobre esse tipo de pergunta. Estávamos prontos para responder, mas não tivemos essa demanda. Apenas falamos que reforçamos nossos investimentos em cibersegurança e governança".

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Para Rulli, o clima mais amigável indica que a empresa não terá problemas no Brasil durante o governo Lula. Ele ainda criticou o governo Jair Bolsonaro (PL). "As percepções são diferentes. Todo governo tem a preocupação com o armazenamento de dados e as políticas de acesso, principalmente quando se trata de dados públicos. Mas essa preocupação em alguns governos é mais técnica, enquanto em outros ela vem de terceiros, sem fundamento, como no governo anterior".

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A Huawei planeja expandir suas fábricas no Brasil para atender a crescente demanda por equipamentos de telecomunicações. "Nem tudo que vendemos aqui é produzido aqui. E nós temos previsão de aumentar a produção local", contou o executivo. O primeiro passo será a expansão da fábrica de Jundiaí (SP), ainda neste ano, que produz antenas 5G e outros equipamentos para redes móveis. Em seguida, a empresa pretende ampliar a fábrica de Manaus (AM), que se concentra na produção de equipamentos de banda larga e fibra ótica.

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Com 25 anos de presença no Brasil, a Huawei mantém cinco escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de um centro de distribuição nacional em Sorocaba (SP). A empresa emprega diretamente cerca de mil pessoas no país e investiu R$ 250 milhões em pesquisa e desenvolvimento nos últimos 10 anos, enquanto pagou R$ 1,6 bilhão em impostos apenas em 2022.

Embora a Huawei não revele sua receita por país, o Brasil é considerado um mercado âncora para a empresa, juntamente com a China, Coreia do Sul e Rússia, entre outros. A possibilidade de um veto à Huawei no Brasil gerou preocupações entre as empresas de telecomunicações locais nos últimos anos, pois temiam os altos custos de substituição das redes e o aumento dos preços com a concentração do mercado nas mãos das empresas sueca Ericsson e finlandesa Nokia. A Huawei atualmente atende as operadoras de telefonia TIM, Vivo, Claro e Oi, além de empresas de outros setores, como Itaú e Vale.

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