Haddad diz que Tarcisio está "mais sensível" em relação à reforma tributária

"É melhor nós sermos maduros o suficiente para tomar a melhor decisão para o país", disse o ministro

Tarcisio de Freitas e Fernando Haddad
Tarcisio de Freitas e Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda)


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BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quarta-feira que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), demonstrou estar mais "sensível" ao argumento de que não vale a pena desequilibrar a negociação em torno da reforma tributária agora, porque esta conta poderá ser paga "daqui 4 anos".

"O governador Tarcísio esteve comigo hoje e foi muito sensível a esse argumento. Eu falei que não vale a pena nós desequilibramos a negociação porque a conta vai ser paga daqui quatro anos, porque alguém vai estar aqui daqui a quatro anos e vai ter que honrar", disse Haddad em conversa com jornalistas na saída do ministério, em Brasília.

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"É melhor nós sermos maduros o suficiente para tomar a melhor decisão para o país, sem pensar em quem que vai estar assumindo a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações. Porque pode ser qualquer um de nós que amanhã tem que honrar com isso", concluiu.

O ministro sinalizou que a pasta vai trabalhar "no sentido de acelerar os efeitos benéficos da reforma para dar mais segurança jurídica para o contribuinte e para o fisco".

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Haddad também afirmou que o governo encaminhou a proposta sobre a governança do Conselho Federativo, órgão que centralizará a arrecadação de tributos, ponto que Tarcísio se mostrava contrário anteriormente.

Questionado sobre a tramitação no Congresso da reforma e de duas outras medidas-chave para o governo, o arcabouço fiscal e a restituição do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Haddad se mostrou otimista em relação ao ritmo de apreciação, mas ressaltou a importância da aprovação das propostas.

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"Nós precisamos dos três projetos. Os três projetos são estruturantes e obviamente que o presidente Artur Lira ele tem que fazer as mediações com as bancadas para saber que está tudo em ordem, o que já dá para ir para o plenário", disse o ministro.

"Lembrando que o marco fiscal já está em caráter terminativo na Câmara. É uma votação relativamente simples. E o Carf, depois das negociações que nós fizemos aqui na Fazenda, está muito organizado e também o relatório saiu muito bom", afirmou.

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