Haddad diz que pode rever imposto de importação, que atinge mercadorias da Shein e Shopee
Ministro da Fazenda discute possível alteração na alíquota de 60% que incide sobre produtos estrangeiros: "o que não posso é manter a situação como está"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta sexta-feira (26) que o governo está considerando a possibilidade de rever a alíquota de importação de 60% que incide sobre o valor aduaneiro, composto pelo preço da mercadoria, frete e seguro. Essa discussão ganhou destaque recentemente devido aos produtos de empresas estrangeiras, principalmente as gigantes do comércio online, Shein, Aliexpress e Shopee. A declaração de Haddad foi dada em uma entrevista à emissora GloboNews, embora ele não tenha fornecido detalhes específicos sobre a eventual alteração do imposto. Ele destacou que irá discutir o assunto com representantes do setor varejista e também com os estados, que também aplicam tributos sobre a circulação de mercadorias, conhecido como ICMS.
"O que não posso é manter a situação como está", afirmou o ministro. A discussão sobre a cobrança do imposto se intensificou após o governo anunciar, em abril, o fim de uma isenção de até US$ 50 para encomendas internacionais entre pessoas físicas. Essa isenção estava beneficiando irregularmente as empresas chinesas, que estavam evitando pagar impostos em detrimento do comércio nacional, lembra o Metrópoles. No entanto, poucos dias depois, atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Haddad desistiu de implementar a medida. Na época, ele mencionou que a Receita Federal reforçaria a fiscalização sobre essas empresas.
Após a reviravolta, a empresa Shein anunciou um plano de investimentos de R$ 750 milhões para iniciar a produção no Brasil, enquanto a Shopee inaugurou seus dois primeiros centros de distribuição no Nordeste. Essas ações demonstram o interesse das empresas estrangeiras em se adaptar às políticas do país e explorar o mercado brasileiro.
A possível revisão do imposto de importação mostra a disposição do governo em buscar alternativas para equilibrar a concorrência entre as empresas nacionais e estrangeiras.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247