Haddad diz que despesa crescerá menos de 50% do aumento da receita em 1º ano do novo marco fiscal

Ministro da Fazenda disse, ainda, que está disponível para discutir mudanças no arcabouço com o relator da proposta na Câmara, deputado Cláudio Cajado, e líderes da Casa

Haddad em Brasília
2/05/2023
REUTERS/Ueslei Marcelino
Haddad em Brasília 2/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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Reuters -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a aprovação na Câmara dos Deputados do regime de urgência para o projeto do novo arcabouço fiscal e afirmou que no primeiro ano de vigência da medida, em 2024, a despesa vai crescer menos de 50% da expansão da receita em todos os cenários projetados pela Receita Federal e pelo Tesouro.

Em entrevista a repórteres em São Paulo, Haddad afirmou ainda que está disponível para discutir mudanças no arcabouço com o relator da proposta na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), e líderes da Casa.

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Segundo Haddad, várias medidas tomadas pelo governo Lula que terão impacto positivo sobre a arrecadação ainda não são captadas nas receitas, essencialmente por causa da regra da noventena, e por isso o relator optou por introduzir na regra do arcabouço a determinação de que, em 2024, a despesa do governo poderá ter alta real de 2,5%, independentemente da variação da receita.

"Para evitar essa confusão do primeiro ano, o relator nos perguntou quanto que a receita vai crescer no ano que vem para se certificar que a despesa não cresceria mais de 70%. E na verdade, em nenhum cenário ela cresce mais de 50%", disse Haddad.

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A aprovação do requerimento que confere regime de urgência para o projeto do novo marco fical na quarta-feira, com margem folgada de votos, abriu caminho para a tramitação acelerada da proposta prioritária para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A votação do projeto está prevista para a próxima semana no plenário da Câmara.

"Esperamos que até semana que vem a gente tenha a tranquilidade de dar o suporte técnico para a Câmara sobre as contas que precisem ser feitas sobre as dúvidas dos parlamentares", disse Haddad.

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O ministro reiterou que o país tem condições de crescer cerca de 2% este ano, e afirmou que os economistas que jogaram para baixo as estimativas para o PIB estão sendo obrigados a rever seus números.

Duas fontes disseram à Reuters que o Ministério da Fazenda vai elevar sua projeção oficial para o crescimento do PIB este ano para 1,9%, de 1,6% estimado em março.

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Para Haddad, é "natural" que a atividade sofra uma desaceleração diante dos juros altos. Ele ressaltou que as atas das reuniões de política monetária têm destacado um plano de desacelerar a economia.

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