Haddad diz que Brasil não deve assinar adesão à 'Nova Rota da Seda' na visita de Lula à China
Um cardápio de possíveis investimentos em infraestrutura está sendo preparado pela Casa Civil, e um dos principais locais de captação será a China
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247 — De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Brasil não planeja oficializar sua entrada na “Nova Rota da Seda”, o gigantesco projeto de infraestrutura global liderado pela China, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático, informou o jornal O Globo.
Apesar da especulação, não há planos de assinar um memorando de adesão ao projeto durante a visita. No entanto, um cardápio de possíveis investimentos em infraestrutura está sendo preparado pela Casa Civil, e um dos principais locais de captação será a China. O objetivo é conciliar o crescimento econômico com a infraestrutura e atrair mais empresas chinesas para se instalar no Brasil.
Segundo a reportagem, uma das metas é atrair mais empresas chinesas para se instalar no Brasil, aproveitando a tendência de “descentralização” da produção industrial do país. “As empresas da China já falam com cada vez mais liberdade da possibilidade de realizar investimentos em outros países e não centralizar aqui, por várias razões. Temos uma vantagem que pouquíssimos países do mundo têm, que é uma matriz muito limpa, que tende a ficar cada vez mais limpa, com energia solar, eólica”.
O ministro também negou que haja um componente geopolítico para o governo brasileiro em relação ao plano de Brasil e China ampliarem o volume de transações por meio de moedas locais, evitando o dólar e variações cambiais.
Ele enfatizou que o Brasil é um país que sempre dialogou com todos os quadrantes sem privilegiar fortemente um lado.
“O Brasil não é um país alinhado no sentido tradicional do termo, é um país que sempre dialogou com todos os quadrantes sem privilegiar fortemente um lado e nunca fechou a porta para ninguém”, disse Haddad.
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