Guerra reduz oferta de diesel e mercado teme que situação acabe em desabastecimento

"Essa situação da importação vai se agravar", disse Manoel Ostanello, presidente no Brasil da Greenenergy, maior distribuidora de combustíveis do Reino Unido

Frentista abastece veículo em posto de combustíveis no Rio de Janeiro. 08/07/2021
Frentista abastece veículo em posto de combustíveis no Rio de Janeiro. 08/07/2021 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


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247 - O aumento dos preços e a redução na oferta internacional de óleo diesel decorrente da guerra entre a Rússia e Ucrânia já inviabiliza a importação do combustível por médias e pequenas empresas brasileiras, além de prejudicar a operação da Petrobrás. “A Europa está pegando diesel do mundo todo. Mais de 50% do diesel consumido na Europa tem origem russa, temos no momento um problema seríssimo de abastecimento de diesel", disse Manoel Ostanello, presidente no Brasil da Greenenergy, maior distribuidora de combustíveis do Reino Unido que tem escritório no Brasil, ao Broadcast do Estadão

As dificuldades do Brasil residem no fato de que os produtores instalados no Golfo do México, maiores fornecedores do combustível importado pelo Brasil, estarem direcionando o insumo para para a Europa e cobrando um valor mais elevado  alto por isso. Segundo Ostanello, há cerca de 15 dias o diesel poderia ser adquirido com desconto, mas agora existe um prêmio de US$ 0,30 acima do preço. "O galão de diesel que estava US$ 3,20 agora está US$ 3,50/3,60", afirmou. 

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"Na minha opinião essa situação da importação vai se agravar. O Brasil precisa importar 25% da demanda, e a Petrobras deixou o preço tão defasado no passado recente, que ninguém tinha coragem de trazer de fora, nem a própria Petrobras trouxe(diesel)”, destacou o executivo. Ainda segundo ele, a defasagem no preço do diesel chegou a R$ 2,50 antes do aumento anunciado pela companhia na semana passada. Esta diferença teria impedido a formação de estoques. 

O presidente da Associação Brasileiro dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, observou que “apesar do preço do petróleo estar em queda no mercado internacional, o diesel não tem recuado. Converso com nossos agentes e eles dizem que não está fácil negociar óleo diesel para o Brasil, está caro e não tem fácil no mercado, está muito restrito", disse o representante das médias e pequenas importadoras de combustíveis. 

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