Guedes joga nas costas do povo a conta por medidas eleitoreiras, diz Henrique Meirelles

Meirelles criticou novo plano fiscal de Paulo Guedes e Bolsonaro: "a população mais pobre receberia menos para pagar pelas medidas eleitoreiras"

Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes
Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: ABR)


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247 - O ex-ministro Henrique Meirelles criticou o novo plano fiscal anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que determina que o salário mínimo e o INSS não acompanharão o reajuste da inflação a partir de 2023.

O executivo da área financeira entende que existe um rombo causado pelas medidas eleitoreiras deste ano (como o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, o Vale-Gás, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, entre outros) e quem pagaria a conta seria justamente a população mais pobre.

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De acordo com Meirelles, "ao propor uma reformulação do teto de gastos alterando a forma de corrigir o salário mínimo e os benefícios previdenciários, o plano fiscal do atual governo para um próximo mandato joga nas costas da população a conta pelas medidas eleitoreiras deste ano."

O ex-presidente do Banco Central explicou que "hoje, salário mínimo e benefícios previdenciários são corrigidos pela inflação do ano anterior, usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como base. Assim, o poder de compra perdido com a alta dos preços no período é reposto."

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"A ideia do plano negociado pelo atual governo é fazer esses reajustes não com base na inflação do ano anterior, mas na meta da inflação. Se o governo não cumprir a meta, a correção ficará abaixo da inflação. Ou seja: perda do poder de compra do salário mínimo, dos benefícios previdenciários e do seguro-desemprego", complementou.

Voltando a citar os benefícios sociais eleitoreiros, Meirelles afirmou: "Para o governo, isso (o novo plano fiscal de Guedes) permitiria acomodar os R$ 100 bilhões adicionais de gastos criados em meio ao esforço eleitoral que estão fora do Orçamento. E criaria um "freio" no crescimento das despesas atreladas ao salário mínimo."

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"A população mais pobre receberia menos para pagar pelas medidas eleitoreiras", concluiu.

 

 

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