Governo teme rinha global; Abilio diz que crê em Deus

Governo teme que briga Abilio X Casino v a corte internacional de arbitragem; imagem do Brasil est sendo atingida, alertou, pelo 247, criminalista Jos Carlos Dias ( dir.); no twitter, piv postou: Tenho f em Deus. Estou sendo muito criticado, mas para o bem do povo; conselheiro do Cade detona apelo nacionalista



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247 – Para o governo, tudo parecia bem até poucos minutos atrás. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, chegou ontem a atacar os bancos privados por não financiarem a iniciativa privada, obrigando, assim, segundo ele, o BNDES a fazer esse papel. Foi uma defesa direta da operação em curso para o banco estatal, por meio do seu braço BNDESPar, entrar como sócio, por R$ 4 bilhões, nada menos que 85% do dinheiro envolvido, na jogada de Abilio Diniz, que quer fundir o seu Pão de Açúcar com o Carrefour. O sócio francês Casino foi o último a saber. O BNDES, ao contrário, sabe de antemão que, com aqueles R$ 4 bi iguais a 85% dos recursos envolvidos, ficará com menos de 10% das ações da nova companhia a ser formada após a (con)fusão.

Mas, agora, parece que caiu a ficha. Fontes do governo começam a vazar informações de que há o temor, especialmente no Palácio do Planalto, de o caso ir parar em uma corte internacional de arbitragem. “A imagem do Brasil lá fora está sendo atingida, sem dúvida”, disse ao 247 o criminalista José Carlos Dias, contratado pelo Casino. Neste momento, como também 247 noticiou na semana passada, em reportagem da correspondente em Paris Roberta Namour, o Casino já tem um litígio com Diniz numa corte francesa, em Nice. Para se defender, ele contratou, hoje, o também criminalista e igualmente ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

Em nota de poucas linhas, ontem, BNDES adianta que não vê problemas, só qualidades, em emprestar R$ 4 bilhões para o Pão de Açúcar se fundir com o Carrefour. Articulador dessa jogada, o BTG Pactual de André Esteves, Persio Arida e Cláudio Galeazzi observa a tudo de camarote. Porém, quem está no meio da rua, em briga aberta, lança mão das melhores armas ao seu alcance – e elas são poderosas. Pouco mais de 24 horas depois de o grupo francês Casino ter contratado o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, um dos melhores criminalistas do País, para se defender da tentativa de quebra de contrato feita por seu sócio e ‘muy amigo’ Abilio Diniz, este ampliou sua própria jogada. Chamou para o seu lado o também ex-ministro da Justiça e igualmente criminalista Márcio Thomaz Bastos.

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“Atuarei na área criminal e também como consultor”, limitou-se a dizer Bastos, assim que foi contratado. Ao 247, ontem, Carlos Dias anunciou que ainda estava analisando o imbróglio criado por Abilio, mas disparou o primeiro petardo: “Isto está me cheira a golpe de Estado sobre a iniciativa privada”, definiu. Ele saudou, no entanto, a unânime posição da mídia em torno do assunto. “As críticas à participação do BNDES nesse negócio tem sido fortes e consistentes”, afirmou.

Um ligado ao PT, Thomaz Bastos, outro amigo do PSDB, Carlos Dias, ambos são extremamente respeitados nos tribunais. A presença deles em cada um dos cantos mostra que estamos diante da maior guerra corporativa dos últimos tempos.

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