"Governo Bolsonaro parece gostar da inflação e não liga para as consequências", diz presidente da Febraban
Isaac Sidney diz que o aumento de impostos sobre bancos anunciado nesta quinta-feira pelo governo Bolsonaro irá encarecer o crédito e pressionar a inflação
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, criticou a Medida Provisória (MP), editada por Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (28), que elevou de 20% para 21% a alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido dos Bancos (CSLL) para liberar o Refis do Simples Nacional, o que, segundo ele, deverá encarecer o crédito oferecido à população e afetar a inflação.
“A inflação está nas nuvens, rodando a 12% ao ano. A impressão que fica é que o governo gosta de inflação e não se importa com as consequências de mais pressão inflacionária, algo que a sociedade não aceita mais. Aumento de impostos pressiona ainda mais a estrutura de custos das famílias e das empresas, retroalimentando o processo inflacionário. Isso é básico”, disse Sidney ao jornal O Estado de S. Paulo.
Para ele, a MP “é, no mínimo, uma péssima sinalização para quem precisa de crédito. Qualquer percentual de aumento de imposto para os bancos impacta diretamente no custo dos empréstimos, que já estão caros”.
O presidente da Febraban avalia, ainda, que o governo quer encontrar “um troféu para ter a narrativa contra bancos, na suposição de que aumentar impostos do setor rende dividendos políticos e pode dar votos, mas quem é alvejado com um tiro certeiro é o consumidor”.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247