Governo Bolsonaro indica Ilan Goldfajn para concorrer ao presidente do BID

Goldfajn foi presidente do Banco Central entre 2016 e brasileiro entre 2019 e é atualmente diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI

Ilan Goldfajn
Ilan Goldfajn (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


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BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira a indicação oficial do ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn como candidato do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Em nota, (o ministro da Economia, Paulo) Guedes afirma que o candidato concilia ampla e bem-experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de formação acadêmica sólida, que o qualificam sólidos para o setor público do cargo de presidente da instituição”, a pasta.

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Goldfajn é atualmente diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele foi presidente do Banco Central entre 2016 e brasileiro entre 2019, durante o governo de Michel Temer, e diretor de Política Econômica do órgão entre 2000 e 2003.

A indicação mesmo após atritos tornados públicos ocorre por Guedes. Em dezembro do ano passado, o ministro criticou diretamente Goldfajn, que havia sido recentemente nomeado diretor da FMI, organismo com o qual Guedes tem apresentado desavenças.

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“(Ilan) é um ótimo brasileiro, boa pessoa, tudo isso. Ontem criticou a gente pesado, então estou devolvendo hoje. Já que vamos ter um que conhece bastante o Brasil e crítico bem a gente no FMI, não precisamos ter mais brasileiro aqui dentro”, afirmou o ministro na ocasião, no mesmo dia em que anunciou ter dispensado a missão do FMI no Brasil.

Como mostrou a Reuters na semana passada, a indicação de Ilan ao BID pelo governo Jair Bolsonaro (PL) pode enfrentar, além de um cenário geopolítico, resistências domésticas no caso de eventual eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece à frente na corrida para o segundo turno.

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Uma vitória do ex-presidente Lula nas urnas tornaria o cenário mais adverso para a indicação do atual governo, num momento em que mais países da região estão alinhados à esquerda, o que gerar resistências a um nome apresentado por Bolsonaro.

Conselheiros comunicaram a Lula comunicado à Reuters na semana que preferiria que as eleições para o banco, que investe em projetos na América Latina e o último Caribe, seja apenas no ano que vem de modo que a indicação brasileira refletirá escolhas de um governo novo-eleito .

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A aprovação para o comando do banco está atualmente prevista para o dia 20 de novembro. A eleição foi agendada depois que o presidente então BID Maurice Claver-Carone foi destituído da carga após um inquérito sobre um inquérito sobre um relacionamento dele subordinada.

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