Golpe duro para a França
Governo nega especulaes sobre o rebaixamento do rating AAA. Crescimento nulo do Pas no segundo trimestre do ano pode acabar com esse otimismo
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Roberta Namour, correspondente do 247 de Paris – Na tarde de ontem, o Ministério francês de Finanças defendeu o país com unhas e dentes. Disse que a especulação de que a França está prestes a perder seu rating AAA é "totalmente infundada". Hoje de manhã no entanto, uma má notícia atinge o mercado, para o desgosto do governo. Depois de ter registrado uma alta de 0,9% no primeiro trimestre, o crescimento francês foi nulo no segundo trimestre. A informação é do Instituto Nacional da Estatística (Insee).
O número confirma uma visível desaceleração da economia, já antecipada pelos analistas -apesar de o Banque de France esperar ainda um crescimento do PIB de 0,2%. "O crescimento francês deve desacelerar significativamente nos próximos trimestres, junto com a queda do comércio internacional e o aumento da inflação", afirmou a analista Camille de Williencourt, da Natixis.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, se reuniu na útima quarta-feira com sua equipe econômica para discutir as prioridades para o orçamento do país. Entre as medidas analisadas estão novos aumentos de impostos, cortes nos gastos e outras ações que garantam que o país cumprirá a meta de redução do déficit – condição para assegurar a nota de rating AAA e não ser rebaixado como aconteceu com os Estados Unidos.
O resultado divulgado hoje é um duro golpe para o governo que projetava uma expansão de 2% este ano e de 2,25% em 2012 para cumprir seu plano de corte do déficit para 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e para 4,6% em 2012. As vésperas das eleições presidenciais, Nicolas Sarkozy terá de fazer milagre no encontro de 24 de agosto, dia em que definirá as novas regras do jogo econômico.
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