Gasolina já custa mais de R$ 7 em 24 dos 27 estados

O dado consta da primeira pesquisa de preços de combustíveis divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)

Gasolina nas refinarias terá alta de 0,5%, anuncia Petrobras
Gasolina nas refinarias terá alta de 0,5%, anuncia Petrobras (Foto: Paulo Whitaker - Reuters)


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Vinicius Konchinski, Brasil de Fato | Curitiba (PR) - O preço médio da gasolina ultrapassou os R$ 7 por litro em 24 dos 27 estados brasileiros. O dado consta da primeira pesquisa de preços de combustíveis divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) com valores apurados após a Petrobras reajustar o custo dos produtos vendidos pela estatal a distribuidores.

A Petrobras aplicou aumento de quase 19% na gasolina e 25% no diesel produzidos em suas refinarias no último dia 11.

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A pesquisa de preços mais recente da ANP leva em conta valores apurados em postos de combustíveis entre os dias 13 e 19 de março, ou seja, já após o aumento. De acordo com o levantamento, a gasolina comum só tem preço médio abaixo de R$ 7 no Amapá (R$ 6,279), no Rio Grande do Sul (R$ 6,975) e em São Paulo (R$ 6,867).

Em todos os outros estados, além do Distrito Federal, esse tipo de combustível já tem preço médio acima dos R$ 7. Na pesquisa anterior, realizada com dados apurados entre 6 e 12 de março, só quatro estados tinham gasolina com esse valor: Bahia, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

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De acordo com a ANP, o preço médio nacional da gasolina comum subiu de R$ 6,683 para R$ 7,267 por litro da semana antes do aumento da Petrobras para a semana após o reajuste. A diferença é de 8,7%.

Dos 27 estados brasileiros, só na Bahia o preço da gasolina caiu neste período. Lá, 95% dos postos revendem combustível distribuído pela Acelen, que comprou a antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam) da Petrobras.

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Na pesquisa anterior, a Bahia aparecia com a gasolina mais cara do país. No entanto, o preço do combustível no estado baixou já que a Acelen enfim passou respeitar um decreto estadual de novembro e congelou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre suas vendas.

O Piauí tem hoje a gasolina mais cara do país: média de R$ 7,992 por litro.

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Diesel a R$ 6

A última pesquisa da ANP aponta também que o preço médio do diesel S500, mais poluente e mais barato, ultrapassou os R$ 6 por litro em 26 dos 27 estados brasileiros. Só no Amapá, o combustível custa menos de R$ 6, na média: R$ 5,995 por litro.

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Na pesquisa passada da ANP, em 20 estados, o preço médio do combustível custava menos do que R$ 6 por litro.

O Acre tem o diesel mais caro do país: média de R$ 7,592 por litro.

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Na semana passada, a Bahia liderava o ranking, mas o custo do diesel também caiu no estado após adequação da Acelen ao decreto baiano.

O preço médio nacional do diesel está hoje em R$ 6,654. Ele é 14,4% maior do que o valor apurado na pesquisa da semana anterior, R$ 5,814.

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Botijão a R$ 100

A Petrobras também reajustou o gás de cozinha no último dia 11. Após o aumento, não há mais estados brasileiros onde o preço médio do botijão de 13kg seja menor que R$ 100.

Na pesquisa passada, seis estados ainda tinham botijão a menos de R$ 100.

Já naquela pesquisa, o preço médio nacional do botijão era de R$ 102,42. Na pesquisa mais recente, o valor subiu para R$ 112,54 –aumento de 9,8%.

Rondônia tem botijão mais caro do país: preço médio de R$ 131,72.

Efeito guerra

Segundo a Petrobras, o aumento nos combustíveis e no gás foi necessário por conta dos impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia no preço do petróleo no mercado internacional.

“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato”, informou a empresa. “Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda”, disse a empresa.

O conflito na Europa começou no dia 24 de fevereiro, com uma operação militar russa em território ucraniano. Naquele dia, o barril de petróleo tipo Brent custava cerca de 90 dólares. Desde então, ele chegou a subir a 130 dólares. Hoje, está na casa dos 116 dólares.

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