Galípolo diz que irá ‘construir pontes' entre a Fazenda e o Banco Central

Economista indicado para a diretoria de política monetária ajudará a criar uma vertente mais progressista no BC

Gabriel Galípolo | Roberto Campos Neto
Gabriel Galípolo | Roberto Campos Neto (Foto: ABR)


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247 – Gabriel Galípolo, economista indicado pelo governo Lula para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, expressou sua intenção de "construir pontes e reduzir ruídos" entre o Ministério da Fazenda e o BC durante seu mandato. Galípolo, que atuou como secretário-executivo da Fazenda e como braço direito do ministro Fernando Haddad, será submetido à sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no dia 4 de julho, para obter ou não a aprovação de seu nome para o cargo.

Durante uma entrevista à Band News na noite de quinta-feira (22), reportada pelo Valor Econômico, Galípolo abordou como pretende incorporar uma perspectiva mais progressista ao Banco Central em um momento em que a instituição adota uma abordagem mais liberal da economia, manifestando resistência em reduzir imediatamente a taxa Selic, como deseja o governo.

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A indicação de Galípolo pelo governo é uma tentativa de nomear pessoas de confiança para o BC e formar uma diretoria mais alinhada com a postura desenvolvimentista do governo Lula. Além disso, outras mudanças na diretoria do Banco Central estão previstas para o futuro, abrindo espaço para diretores mais alinhados com o governo.

Ao ser questionado sobre a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano na última quarta-feira, Galípolo evitou polêmicas e destacou a necessidade de aguardar a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) para obter mais informações que embasem uma análise sobre a direção que a autoridade monetária seguirá em relação aos juros. Líderes do governo Lula criticaram a decisão de manter os juros em níveis elevados e ficaram incomodados com o tom do comunicado divulgado pelo BC após a decisão, considerando-o uma "declaração de guerra" do Banco Central às aspirações do governo de acelerar o crescimento econômico.

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