FUP alerta para risco de desabastecimento do diesel e diz que preço do litro do combustível pode chegar a R$ 10 até o fim do ano

Segundo o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, a crise já "está contratada" pelo governo Jair Bolsonaro

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fup-deyvid-bacelar-diesel (Foto: Reprodução | ABR)


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247 - O coordenador-geral da  Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, alertou, nesta sexta-feira (3) que o preço do litro do óleo diesel  pode chegar ao patamar de R$ 10 ao longo do segundo semestre deste o ano, resultando em um forte aumento da inflação às vésperas da colheita da safra agrícola, quando aumenta a demanda pelo derivado. “A crise está contratada”, disse Bacelar. Atualmente, o preço médio do diesel nos postos do Brasil está em torno de R$ 7 por litro, o maior valor em 18 anos.

Análises feitas pela área econômica da FUP indicam que a perspectiva da disparada no preço do combustível está atrelada à redução dos estoques globais que resultam na valorização das cotações de referência e dos prêmios de exportação. A gasolina e o diesel já estão custando cerca de US$ 60 por barril acima do preço internacional do petróleo.

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“Segundo projeções, o barril de petróleo poderá chegar à faixa de US$ 120 nos próximos dias, e não está descartada a possibilidade de atingir o pico de até US$ 140 no final de junho ou início de julho. “Soma-se a isso o custo do frete, em torno de US$ 9,20 por barril de diesel importado do Golfo Arábico ou da Índia (únicos pontos disponíveis atualmente), para o Brasil, o que elevará o preço do derivado para US$ 196, até US$ 200”, destaca a FUP. 

“Nada mais caro do que não ter”, diz Bacelar, prevendo risco de desabastecimento de diesel no Brasil, probabilidade de adoção de racionamento entre julho e agosto, e importações do produto de origens cada vez mais distantes e com qualidades distintas. Ainda segundo ele, apesar do Brasil importar cerca de 25% do diesel que consome, Bolsonaro preferiu "empurrar o problema com a barriga” e levar adiante o desmonte da Petrobrás. 

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“Bolsonaro continua com a política de desmonte da Petrobrás, com a venda de refinarias, redução de investimentos no setor e obras que não concluiu (segundo trem da refinaria Abreu e Lima, refinarias Premium 1 e 2 e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), além da manutenção do equivocado preço de paridade de importação (PPI)”, afirmou Bacelar. 

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