França vê fusão "Carreçúcar" com pouco otimismo

Credit Suisse afirma que unio entre Carrefour e Grupo Po de Acar no Brasil no traz vantagens significativas para os resultados globais da rede francesa



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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris - A reação do mercado francês sobre a possível união entre o Carrefour e Pão de Açúcar no Brasil não foi tão otimista quanto a do governo brasileiro. A fusão entre os dois em terras verde e amarelo, se bem sucedida, não constituiria um pivô fundamental para a rede de distribuição francesa. É o que acredita o banco Credit Suisse, que considera o impacto da operação sobre os resultados da empresa modesto. Em contrapartida, o corretor reconhece que um negócio desse tipo poderia ajudar a mudar o sentimento negativo atual que pesa sobre o Carrefour e exercer pressão sobre Casino. “Além disso, o interesse renovado em ativos brasileiros poderia atrair outros predadores e beneficiar reavaliação do setor”, completam os analistas.

O Carrefour anunciou ontem ter recebido uma proposta da Gama, uma empresa brasileira de investimentos do banco brasileiro BTG Pactual, com incentivo do BNDS, para unir suas atividades no Brasil com a do CBD. A fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour Brasil formaria um gigante com faturamento estimado de R$ 65 bilhões ao ano, 2,2 mil lojas e quase 214 mil funcionários. « Eu vou analisar essa proposta, junto ao meu parceiro Casino », afirmou Abilio.

O executivo brasileiro Abílio Diniz, que controla o Grupo Pão de Açúcar, ou CBD, ao lado do Casino Guichard-Perrachon SA, declarou ontem que a proposta de fusão com a filial brasileira do Carrefour possui vantagens consideráveis. « Esse projeto traria economias de escala e de sinergia, que seriam benéficas para os clientes do CDB e do Carrefour e permitiriam agregar valor aos acionistas », disse Abílio em um comunicado.

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O Grupo Pão de Açúcar e Casino controlam o CDB pela holding Wilkes. Segundo o pacto dos acionistas assinados em 2006, o Casino possui uma opção exercível em 2012 que o permite de assumir o controle da holding – do CBD. Segundo o projeto da Gama, os acionistas teriam uma participação de 11,7% do capital do Carrefour.

Ontem a tarde, a ação do Casino caiu 4,9% a 62,67 euros – a segunda maior queda do índice francês SBF 120. Já a do Carrefour se valorizou em 1,7% a 26,89 euros.

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