Forças negativas pressionam Bovespa, que cai 1% na abertura
Derrapada comea em alta velocidade; trajetria vai depender da abertura de Nova York
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247 - As forças negativas pesam na abertura da Bovespa, nesta manhã. Em poucos minutos de pregão, as perdas atingiam todas as ações da carteira do índice, que operava aos 54.377 pontos, em queda de 1,1%. O que chama a atenção é a velocidade da derrapada. A esperança é a abertura da Bolsa de Nova York. Se nada de diferente acontecer, este será mais um dia de perdas para o mercado acionário.
PRÉ-ABERTURA - As bolsas europeias operam em alta, hoje, depois de uma segunda-feira negra, com quedas aceleradas nos principais pregões da região. Os mercados acionários tentam se recuperar dada a falta de novas notícias negativas e, também, na esperança de uma jornada melhor com o retorno à ativa da Bolsa de Nova York, que não operou ontem, estreitando a liquidez mundial.
O fator de alento da volta do mercado americano ao trabalho (ontem foi feriado do dia do Trabalho nos EUA) é a expectativa do discurso do presidente Barack Obama, quinta-feira. O governo americano deverá anunciar medidas para estimular a criação de novos empregos, na tentativa de dar um empurrão na cambaleante economia dos EUA.
Essa perspectiva, somada percepção de que o Fed deverá fazer algo para dar oxigênio ao nível de atividade dos EUA, pode servir de incentivo às bolsas, que iniciaram a semana em total depressão.
A nova onda de pessimismo que assola o mercado global acumula as seguintes ameaças: rebaixamento da dívida da Itália, não cumprimento do acordo de renegociação da dívida pela Grécia, queda nos resultados dos bancos da Europa, multa aos bancos dos Estados Unidos e estagnação econômica global.
Não é pouco. As bolsas asiáticas sentiram os efeitos desse cenário. A Bolsa de Tóquio caiu 2,2% fortemente influenciada pelos temores de uma nova recessão mundial. Hong Kong, porém, destoou, conseguindo subir 0,4%. Como o final do pregão de Hong Kong ocorre simultaneamente à Europa, o movimento foi inverso. Pois, na Europa, as bolsas abriram em alta, recuperando um pouco do terreno perdido ontem, quando os pregões derreteram.
A Bolsa de Londres subia 1,4%, enquanto Frankfurt avançava 1,3% e Paris ganhava 1,3%. É um mercado frágil, que dá mostras de estar tentando se levantar do forte baque de ontem. A expectativa fica com as especulações sobre o que Obama vai falar. No
Brasil, a bolsa deve também se recuperar, dependendo do que acontecer em Nova York. Os futuros Nasdaq e S&P 500 operavam em baixa, mas podem se recuperar.
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