Fim do representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Eletrobras revolta empregados

Empregados dizem que eles podem sofrer com uma “vingancinha” da direção da Eletrobras diante das recentes declarações de Lula quanto à privatização

Ato contra a privatização da Eletrobras
Ato contra a privatização da Eletrobras (Foto: Sindicato dos Urbanitários do DF | ABr)


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Por Denise Assis, para o 247 - Os eletricitários estão mobilizados. Além de reivindicarem a reestatização da Eletrobras, não querem de novo, à frente da empresa, Wilson Pinto Jr, que em sua primeira passagem pela direção, implementou medidas descabidas, levando os funcionários à revolta. Desta vez, quando o seu nome é novamente anunciado, ele promete impedir a presença do representante dos trabalhadores, no Conselho de Administração da empresa, contrariando a Lei nº 12.353 de 28 de dezembro de 2010 assinada pelo presidente Lula que dispõe sobre a participação dos empregados nos conselhos de administração das empresas públicas e de sociedades de economia mista.

“A medida consta da proposta de Administração da Eletrobras a ser votada na 186ª AGE, em 17/04, traz mais um absurdo a ser somado às gestões de Wilson Ferreira Pinto Jr. à frente da empresa”, denunciam os eletricitários, no boletim da Associação dos Empregados da Eletrobras. Em tom indignado, detalham: “laureado, premiado, incensado, grande CEO do mercado”, propõe, em mais uma alteração do estatuto da empresa, pasmem: a exclusão da vaga de representante dos trabalhadores e trabalhadoras, no conselho de administração”

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Para eles, trata-se de mais uma manobra maquiavélica de Wilson Pinto Jr., que classificam como “inimigo dos trabalhadores e trabalhadoras, para deslegitimar a importância deles para a Eletrobras. Pinto já chegou dizendo a que veio”, reagem.

“Ao retornar à presidência após a vergonhosa, imoral e arranjada privatização, já partiu com a corda toda para cima dos trabalhadores e trabalhadoras impondo um PDV, plano de demissão voluntária, que de voluntária não tinha nada, esvaziando de conhecimento a companhia. E deu show de etarismo (que é o preconceito, a discriminação e a intolerância com pessoas de maior idade) ao sugerir que a inovação da Empresa dependerá da contratação de mão de obra jovem, visto que “a pessoa mais nova (na empresa) tem 37 anos”, que prossegue com a proposta de contratação, cujo objetivo, segundo a própria empresa, é “trazer novos talentos e renovar a força de trabalho”, relatam.

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A despeito de sua declarada predileção aos/às novinhos/as, Wilson Pinto Jr. capitaneou um aumento para a alta-administração, diretoria e conselhos, (todos com mais de 37 anos!) de 3.576%!!! Elevando seu salário de R$ 50 mil para R$ 300.000,00.

Apesar de todas essas imoralidades, incluindo as que envolvem o aparelhamento dos conselhos e das diretorias pelos indicados da 3G Radar, Wilson Pinto Jr. não descansa e propõe   exclusão da vaga de representação dos trabalhadores e trabalhadoras no Conselho de Administração, uma vitória da categoria durante os primeiros governos de Lula.

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No entender dos empregados, “a proposta de exclusão da referida vaga pode sugerir uma “vingancinha” da direção da Eletrobras diante das recentes declarações do Presidente Lula quanto à privatização (“uma bandidagem!”) e o forte movimento dos trabalhadores, trabalhadoras e entidades de representação pela revisão da privatização que vem crescendo política e socialmente”.

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