Fiat quer engolir a Chrysler

Montadora italiana quer ampliar de 30% para 46% ( e depois para 51%) sua participao na gigante americana



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A montadora italiana Fiat anunciou nesta quinta-feira que planeja aumentar sua participação na montadora norte-americana Chrysler Group LLC dos atuais 30% para 46% do capital, imediatamente após o grupo americano pagar ao governo dos Estados Unidos seus empréstimos, o que deverá acontecer até o final do mês de junho.

A Fiat informou que gastará US$ 1,27 bilhão pelo aumento de 16 pontos porcentuais na participação do capital da Chrysler, logo após a montadora americana pagar os empréstimos, sob um acordo que está sendo trabalhado pelo executivo-chefe das duas montadoras, Sergio Marchionne. O executivo italiano está negociando financiamentos de um grupo de bancos - entre eles, o Goldman Sachs Corp., Morgan Stanley, Citigroup Inc., e Bank of America Corp. -, para pagar os empréstimos que os governos dos Estados Unidos e do Canadá fizeram à Chrysler em 2009, durante a concordata da empresa.

"Esse é um passo fundamental em direção a completar a enorme integração da Fiat com a Chrysler, iniciado menos de dois anos atrás e que resultará na criação de uma montadora mundial", disse Marchionne em comunicado. "Nós escolhemos acelerar a velocidade para levar ao nascimento, no prazo mais curto possível, de um só grupo capaz de alavancar completamente o desenvolvimento conjunto das respectivas atividades internacionais", afirmou.

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A Fiat ressaltou seus planos após chegar a um acordo com os acionistas da Chrysler, que incluem o Departamento do Tesouro do governo americano, os fundos de pensão do sindicato dos metalúrgicos dos EUA e Canadá, o United Auto Workers (UAW, na sigla em inglês), e o governo do Canadá. O aumento de participação da Fiat reduzirá muito a participação atual dos outros acionistas. Atualmente, o fundo do UAW tem 59,2% de participação na Chrysler, o Tesouro americano tem 8,6% e o governo federal do Canadá, bem como governos provinciais canadenses, têm 2,2%. O Citigroup atua como conselheiro da Fiat na transação.

"A transação é um triunfo para Marchionne, que conseguiu convencer o Tesouro americano e o sindicato UAW a deixá-lo fazer o negócio dois anos antes do planejado", disse Max Warburton, analista da Bernstein Research, nesta quinta-feira. "A transação anunciada hoje reflete um alto grau de confiança na recuperação da Chrysler e embora não signifique que a empresa resolveu seus problemas, sugere que Marchionne acredita que está no caminho certo para isso".

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A Fiat também informou que planeja aumentar sua participação na Chrysler para 51% do capital total até o final deste ano, uma vez que cumpra uma determinação do governo americano e a Chrysler comece a produzir nos EUA, com tecnologia Fiat, um automóvel que consuma menos combustível e seja baseado em tecnologia Fiat. Quando isso ocorrer, a participação da Fiat na Chrysler aumentará automaticamente em outros 5% para 51%.

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