Exclusivo: BB demite um de seus vices mais fortes

Allan Toledo (dir.), que cuidava da rea internacional, das operaes com grandes empresas e tambm dos clientes mais abastados foi demitido; o motivo so as divergncias com o grupo do presidente Aldemir Bendine (esq.); leia em primeira mo

Exclusivo: BB demite um de seus vices mais fortes
Exclusivo: BB demite um de seus vices mais fortes (Foto: Divulgação)


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247 – Assim como na Caixa Econômica Federal, também é tenso o clima na cúpula do Banco do Brasil. Nesta terça-feira, o conselho de Administração do BB, presidido pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, exonerou um dos executivos mais importantes da organização. Trata-se de Allan Simões Toledo, que respondia pela Vice-Presidência de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank. Ou seja: era a pessoa responsável pelas operações do BB com grandes empresas, como Vale, Petrobras, Votorantim e Nestlé, por todas as agências do banco e de suas subsidiárias no exterior e também pelo relacionamento com os clientes mais abastados da organização. Toledo estaria saindo por divergir da atual administração, comandada por Aldemir Bendine, que é conhecido no mercado como Dida. Especificamente, seriam divergências relacionadas à avaliação de risco em algumas grandes operações.

A guerra interna no Banco do Brasil foi explicitada há duas semanas, quando uma reportagem da revista Época revelou que Nelson Barbosa teria ficado insatisfeito com a ausência de um parecer técnico na compra do Banco Postal. Essa mesma reportagem especulou que o presidente Bendine poderia até vir a ser substituído no comando do banco, dando lugar ao vice Paulo Rogério Caffarelli. Uma informação aparentemente equivocada, pois Dida e Caffarelli são muito próximos e, juntamente com o também vice-presidente Ricardo Oliveira, formam a tríade mais forte do BB – um grupo do qual Allan Toledo não fazia parte.

Internamente, corre também outra versão: a de que Allan Toledo estaria saindo por ter recebido uma proposta irrecusável do setor privado. Especula-se que ele iria trabalhar no banco do grupo JBS, que controla o frigorífico Friboi, para receber um salário de R$ 2,5 milhões por ano, contra cerca de R$ 1 milhão por ano no Banco do Brasil. De fato, os salários da iniciativa privada são bem maiores do que os do BB, que vem sofrendo certa sangria de executivos nos últimos anos. Mas, se a saída estaria ocorrendo em função de um convite, por que Allan Toledo estaria sendo exonerado, num dia em que nem houve reunião formal do Conselho de Administração? Ex-office-boy do banco, ele comandava uma das três vice-presidências mais importantes da instituição. Comenta-se ainda que outros dois vice-presidentes também estariam insatisfeitos. São eles Geraldo Dezena, da área de tecnologia, e Robson Rocha, que cuida da gestão de pessoas e da área de sustentabilidade.

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Guerra na Caixa

Nas últimas semanas, a presidente Dilma Rousseff externou a interlocutores próximos sua preocupação com as disputas internas nos bancos públicos e também em outras estatais. Na Caixa Econômica Federal, trata-se de uma guerra aberta e escancarada entre os grupos comandados por PT e PMDB, que disputam o controle do bilionário FI-FGTS. No Banco do Brasil, é uma disputa que se dá mais nos bastidores do que na superfície.

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De Aratu, na Bahia, onde tira férias e descansa, Dilma planeja os próximos passos de sua reforma ministerial, que pode também envolver novos arranjos nas grandes estatais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras.

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