Exceções demais na reforma tributária podem exigir alíquota maior e neutralizar impacto no PIB, diz Tebet

A ministra afirmou ainda que o Senado "terá o tempo dele" para construir um bom texto para a reforma tributária

Simone Tebet
Simone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)


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(Reuters) - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira que se muitas exceções forem feitas a diferentes setores no projeto de reforma tributária ela se tornará "neutra" em impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e será necessário uma alíquota única alta.

"Se nós aumentarmos demais as excessões, no que se refere a crescimento do PIB, ela (reforma tributária) se torna neutra... e você vai ter que provavelmente aumentar mais a alíquota a ser cobrada", disse Tebet em entrevista à GloboNews.

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A ministra afirmou ainda que o Senado "terá o tempo dele" para construir um bom texto para a reforma tributária, que já foi aprovada pela Câmara na semana passada, e disse que o governo está muito otimista em relação à votação da proposta na Casa.

Tebet ponderou que um eventual fatiamento da reforma tributária pelo Senado, como chegou a ser sugerido na véspera pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), seria ruim para o Brasil.

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"Esta é uma reforma tributária que, ao ser fatiada, não prejudica só o governo, prejudica o Brasil. Se eu fatio, significa que eu vou aprovar o que é fácil, e vou deixar o difícil, que são as excessões", disse ela, acrescentando que a votação separada das excessões aumenta a chance de lobby de setores econômicos no Congresso acabar se impondo e atenuando os ganhos da reforma.

Segundo Tebet, não há certeza sobre quando o governo conseguirá assinar a reforma tributária após a aprovação pelo Congresso, mas o importante é que seja promulgada neste ano.

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Na entrevista, a ministra também voltou a dizer que acredita que o Banco Central começará a cortar a taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, em breve. "Não tem sentido não falar da redução da taxa de juros no Brasil este ano."

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