Estadão defende que o caso Americanas seja paradigma para o mercado de capitais

O jornal destaca a importância de uma atuação firme da CVM para evitar que casos dessa magnitude voltem a acontecer no futuro

Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles
Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Agência Brasil)


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247 – Em um editorial publicado nesta terça-feira, o jornal Estado de S. Paulo defende que o caso Americanas seja um paradigma para o mercado de capitais. No documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Americanas finalmente admitiu a existência de fraudes em suas demonstrações financeiras. O escândalo envolvendo a empresa tem crescido desde que o então presidente da companhia, Sérgio Rial, informou sobre "inconsistências contábeis" de aproximadamente R$ 20 bilhões em janeiro.

De acordo com o editorial, após cinco meses, a Americanas admitiu que seus balanços não possuíam qualquer confiabilidade. O rombo contábil, que inicialmente se estimava em R$ 20 bilhões, agora teria chegado a R$ 42 bilhões, mais que o dobro do valor anteriormente estimado. Além disso, a Americanas atribuiu a responsabilidade aos membros da antiga diretoria, aos Bancos Itaú e Santander, bem como às empresas de auditoria KPMG e PwC, que auditavam suas demonstrações financeiras. Segundo a empresa, as fraudes ocorriam há cerca de duas décadas, e os números definitivos só serão conhecidos após a revisão de todos os balanços.

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O texto aponta a importância de uma investigação rigorosa para esclarecer completamente o que ocorria na Americanas. O documento deve servir como ponto de partida para as investigações, que devem avançar e não tomar o relatório interno como conclusivo. O editorial ressalta que a CVM, enquanto órgão regulador, deve ser dotada de recursos e pessoal adequados para cumprir seu papel de disciplinar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários. Além disso, a CVM deve buscar resgatar a credibilidade do setor varejista e do mercado de capitais, profundamente abalada pelo caso Americanas.

O jornal destaca a importância de uma atuação firme da CVM para evitar que casos dessa magnitude voltem a acontecer no futuro, já que é fundamental desenvolver um ambiente confiável para os investidores no país. Milhões de acionistas minoritários confiam em números verdadeiros para tomar decisões de investimento, e a CVM deve garantir que isso seja respeitado. O editorial conclui ressaltando a oportunidade única para a CVM mudar sua imagem e fortalecer sua atuação como órgão regulador.

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