Entidades entram com ação na Justiça e na Comissão de Valores Mobiliários contra indicação de Paes de Andrade para a Petrobrás
O nomeado não cumpre requisitos técnicos para o cargo, segundo a Federação Única dos Petroleiros e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás
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247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro) emitiram uma nota e informaram que "tomarão medidas judiciais cabíveis para vetar a nomeação" de Caio Paes de Andrade à presidência da Petrobrás. A Anapetro também entrará com processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com a nota da FUP e da Anapetro, Paes de Andrade não cumpre requisitos técnicos básicos para o cargo, exigidos pela Lei das Estatais. A informação foi publicada nesta sexta-feira (24) pelo jornal Valor Econômico.
"Caso o nome de Paes de Andrade seja aprovado no conselho de administração da companhia, em reunião prevista para a próxima segunda-feira, 27, a FUP e sindicatos filiados entrarão com ação popular na Justiça Federal por ato lesivo à administração pública pela indicação de pessoa sem experiência para o cargo", disse a nota.
"A ação popular vai pedir a anulação da aprovação de Paes de Andrade no Comitê de Elegibilidade e no conselho de administração da companhia e, consequentemente, que seja anulada a convocação da assembleia geral extraordinária, para que a votação de seu nome não ocorra", afirmou o texto.
Nesta semana, a FUP havia criticado o governo e dito que Bolsonaro quer destruir a imagem da Petrobrás para justificar privatização da empresa.
Políticos oposicionistas no Congresso Nacional vêm criticando a política de preços da Petrobrás. O governo federal indicou a maioria dos nomes do conselho da empresa - são eles que definem os valores dos produtos derivados de petróleo no País. O custo dos combustíveis para os brasileiros, por exemplo, muda de acordo com as variações do petróleo no mercado internacional. Em consequência, principalmente as classes média e pobre estão sendo mais prejudicadas.
A estatal anunciou, na última sexta-feira (17), um reajuste de 5,18% para o litro da gasolina e de 14,21% para o litro do diesel.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) afirmou que, uma semana após o anúncio dos novos aumentos, o diesel foi vendido ao preço médio de R$ 7,568 por litro no Brasil. A pesquisa encontrou o produto a até R$ 8,950 por litro, na cidade de Cruzeiro do Sul (AC). Na semana anterior aos repasses, o máximo foi R$ 8,630, nos municípios de Irecê e de Valença, na Bahia.
O litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 7,390. O valor mais alto foi encontrado em São Paulo: R$ 8,890 por litro, porém menor do que os R$ 8,990 verificados na semana anterior.
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