Citigroup comemora dividendos da Petrobrás, enquanto brasileiros pagam a gasolina mais cara do século

Relatório do banco estadunidense aponta que estatal se tornou potência em dividendos, enquanto a inflação dispara no Brasil. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula anuncia que acabará com a farra dos acionistas

(Foto: Reuters)


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247 - Um relatório do Citigroup, uma das maiores empresas de serviços financeiros em nível mundial, destaca que a política de preços da Petrobrás, implantada no governo Michel Temer e continuada por Jair Bolsonaro, tem capacidade para tornar a estatal “uma potência em dividendos”, destaca uma reportagem do jornal Valor Econômico

Na terça-feira (30), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a política de preços da Petrobrás - que neste ano já resultou em uma alta 65% no preço do diesel e de 73% da gasolina - e afirmou que a metodologia “não tem explicação nenhuma, a não ser pagar dividendos para os acionistas minoritários“. 

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“Os aprimoramentos de sua política de dividendos lançam mais luz na estratégia de alocação de capital da Petrobrás”, diz o documento assinado pelos analistas do Citigroup Andrés Cardona, Gabriel Barra e Joaquim Alves Atie. O relatório destaca, ainda, que a estatal sinalizou aos acionistas que o plano apresentado na semana passada dá “continuidade à tendência introduzida há algum tempo, de concentrar-se principalmente em projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural, especialmente no pré-sal, com 67% do investimento (capex) total”. 

No plano, a Petrobrás informou que dobrará a remuneração aos acionistas em função do lucro de R$ 31,8 bilhões registrado apenas no terceiro trimestre. O Citi tem recomendado que seus investidores adquiram as ações da petroleira brasileira negociadas em bolsa.

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Nesta terça-feira, pouco mais de uma semana após Bolsonaro retornar de uma viagem ao Oriente Médio, a Petrobrás concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo árabe Mubadala Capital. A operação foi fechada mediante o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) para a estatal. 

O valor está abaixo de um estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que apontou que o valor de mercado da RLAM está situado entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões.

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