Endividamento alcança 53,1% das famílias brasileiras, diz Banco Central

Em meio a alta do endividamento, o comprometimento de renda chegou a 28,6%

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endividamento-dívidas-famílias (Foto: Pixabay | ABr)


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Roberto de Lira, Infomoney - O endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou 53,1% em julho, o que representou elevação de 0,3% no mês e de 5,1% em 12 meses. Já o comprometimento de renda situou-se em 28,6%, com variações respectivas de 0,5% e de 3,8%. Os dados fazem parte das estatísticas monetárias e de crédito divulgadas nesta quarta-feira (28) pelo Banco Central do Brasil

Segundo o BC, o volume das operações de crédito alcançou R$ 5,1 trilhões em agosto, o que representa uma expansão de 1,6% no mês. Houve incrementos de 0,9% na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 2,1 trilhões) e de 2,1% na de pessoas físicas (R$ 3,0 trilhões).

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Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento do estoque total de crédito passou de 16,9%, em julho, para 16,8%, em agosto. Esse movimento resultou da desaceleração de 20,9% para 20,7% no crescimento interanual do crédito para pessoas físicas e da estabilidade em 11,5% da expansão das operações realizadas com empresas, considerando os mesmos períodos de comparação.

Na tentativa de controlar a inflação no país, o Banco Central colocou em prática um agressivo ciclo de alta da taxa básica de juros, que só foi interrompido neste mês, com a Selic a 13,75% ao ano.

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No recorte por tipo de tomador dos empréstimos, o saldo de crédito a pessoas físicas subiu 2,1% no mês passado e 20,7% em 12 meses. Para as pessoas jurídicas, o crescimento foi de 0,9% em junho e 11,5% em 12 meses.

Juros e spread

No período, houve uma alta para 40,6% ao ano nos juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, uma elevação de 0,2 ponto percentual no mês –o crescimento foi de 10,9 pontos em 12 meses.

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Nos recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve recuo de 1,7 ponto no mês, a 10,2%, com elevação de 2,2 pontos em 12 meses.

O spread bancário, diferença entre o custo de captação das instituições e o valor cobrado nos empréstimos ao público, subiu a 28,3 pontos percentuais no crédito livre, sobre 27,5 pontos no mês anterior e 21,5 pontos em agosto de 2021.

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No mês passado, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 3,9%, ante 3,8% em julho.

Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária da semana passada, o BC avaliou que não houve mudança substancial nos canais de transmissão de política monetária e que o repasse da alta da Selic para taxas finais de crédito tem ocorrido conforme o esperado, ainda que as concessões para empresas sigam mais robustas que o previsto.

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*Com Reuters

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