Empresários recebem dicas para financiar obras de infraestrutura
Em palestra para empresrios do ramo, Ruy Piza e Eduardo Santos, da BRL Trust, apontam caminhos para driblar dificuldade de financiamento pblico e viabilizar projetos
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Lucas Reginato _247 – Financiar projetos de infraestrutura é um grande desafio no Brasil, onde o esforço público é aquém do necessário até mesmo para a manutenção das estruturas do País. Entre as grandes empresas, a facilidade de obtenção de recurso pode até ser fácil, mas as dificuldades são muitas entre empresários menores. Em busca de alternativas para o problema, Ruy Piza e Eduardo Santos, representantes da BRL Trust, gestora de recursos que pertence ao Banco BVA, ministraram nesta quarta-feira a palestra “Instrumentos de Financiamento para Infraestrutura” para membros da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (APEOP), em São Paulo.
“Este é um tema absolutamente crucial para o País”, afirma Piza, que demonstrou em termos específicos como é possível financiar os projetos sem precisar necessariamente da ajuda do BNDES. Uma opção apresentada é o Fundo de Investimento em Participações (FIP), instituído na Comissão de Valores Mobiliários em 2003. Eduardo explica que “um FIP normalmente aborda um único projeto, e tem característica fundamental de condomínio fechado”, ou seja, não permite a entrada ou saída de cotistas após o período de captação dos fundos. Em situações como essa, a participação de um banco de fomento pode ser importante para alavancar o projeto.
Já em casos de empreendimentos imobiliários, é possível recorrer a um Fundo de Investimento Imobiliário (FII), que oferece possibilidade de negociação de cotas na Bovespa. A rentabilidade do Fundo é proveniente de lucro ou renda dos empreendimentos – que podem vir de aluguéis, valor potencial de vendas e afins. O FII também pode substituir uma estrutura de financiamento tradicional com vantagem tributária.
Se o mercado pode ser desfavorável às pequenas empresas, Carlos Zveibil Neto, vice-presidente adjunto da APEOP, apresenta uma solução. “É necessário que agreguemos força entre os associados para competir com as gigantes do ramo”, convida ele. De qualquer forma, Ruy Piza adverte para as decisões precipitadas: “é importante montar o projeto com antecedência, com calma, antes de ficar com a corda no pescoço”.
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