Em primeiro pregão do ano, Ibovespa abre em alta, acompanhando exterior

Bolsa brasileira sobe impulsionada por bancos, após instituições financeiras registrarem forte queda na sexta

(Foto: Reuters)


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Infomoney - O primeiro pregão de 2022 é marcado por otimismo mundo afora, com a maioria dos principais índices, até então, subindo. O Ibovespa não fugiu o padrão e abriu em alta de 0,98%, aos 104.988 pontos, por volta das 10h15.

Esta segunda-feira (3) ainda conta com alguns países em feriado, caso do Reino Unido, da China continental, e do Japão, por exemplo, e os volumes de negociações ainda estão baixos.

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Nos EUA, onde os negócios acontecem normalmente, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq sobem, respectivamente, 0,44%, 0,55% e 0,69%. A semana por lá conta com publicações importantes – como da ata do Fomc, na quarta, e o relatório Payroll não-agrícola, na sexta.

Hoje, a publicação dos PMIs industriais pelo IHS Markit surpreendeu, na maioria dos casos, de forma positiva – na Europa, o índice teve leitura de 58 em dezembro, dentro do consenso. Itália e França tiveram números um pouco acima do esperado e apenas a Alemanha, na região, ficou um pouco aquém das projeções (57,4 ante 57,9). No Brasil, a leitura foi de 49,8, sem alterações na comparação com a de novembro.

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“Esses números vieram um pouco melhor do que o esperado, apesar da variante Ômicron. Mesmo com a variante nova, o que vemos é que cada vez que temos uma nova variante as pessoas aprendem a lidar com ela e o efeito das eventuais medidas é cada vez menor. Isso ajuda a impulsionar os mercados”, afirma Roberto Attuch, CEO da OHM Research.

O DAX, da Alemanha, avança 1,06%, o CAC 40, da França, 1,19%, e o STOXX 600, de todo o continente, 0,68%. “Na Europa as principais bolsas negociam também em alta, porém com a liquidez reduzida devido ao feriado em Londres, que mantem a bolsa fechada. Esse otimismo também é devido aos índices de atividade manufatureira da Alemanha e da Zona do euro, que vieram acima do esperado”, comenta Yuri Pasini, trader da mesa de câmbio do Travelex Bank.

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Mercado opta por ignorar Ômicron

O mercado nesta segunda opta, até então, por ignorar as novas notícias sobre a Ômicron. Ontem, Anthony Fauci, conselheiro médico da Casa Branca, alertou para o avanço da variante e apontou também para o aumento do número de internações na maior economia do mundo.

Também neste ontem, circulou a notícia de que a mutação e o aumento de casos foram, em grande parte, responsáveis por mais de 3,6 mil cancelamentos de voos apenas neste domingo – 2,1 mil nos EUA.

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Na Ásia, o índice HSI, de Hong Kong, foi um dos poucos que sangrou com a perspectiva de novas restrições, caindo 0,53%. Nikkei, do Japão, e Shanghai, da China continental, ficaram fechados, por conta de feriados. “Na China, o índice de Hang Seng caiu 0,50% refletindo as incertezas causadas pelas novas restrições para a contenção de novos casos da Ômicron, que poderão prejudicar a atividade econômica local”, contou a XP Investimentos em relatório.

Apesar do avanço da maioria dos índices, o VIX, conhecido como “o índice do medo”, sobe 0,64% – apesar disso, não há, até então, um fluxo de entrada no dólar, algo visto normalmente. O DXY, que mede a força da moeda americana ante pares de todo o mundo, cai 0,20%.

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No Brasil, o dólar comercial tem alta de 0,55%, a R$ 5,606 na compra e a R$ 5,607 na venda, após forte queda de sexta. O futuro opera estável, a R$ 5,58.

Focus diminui, mais uma vez, projeção para PIB em 2022

No mercado interno, investidores repercutem a publicação, pelo Banco Central, do Boletim Focus. O mercado diminuiu sua projeção para o crescimento da economia brasileira, que ficou e 0,36%, ante 0,42% da última semana. Expectativas para IPCA, Selic e câmbio se mantiveram inalteradas.

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É destaque ainda no Brasil a notícia de que o presidente da República Jair Bolsonaro foi encaminhado a um hospital durante a madrugada, com suspeita de obstrução intestinal. No mais, as editorias políticas não devem trazer grandes manchetes, uma vez que Brasília ainda está de recesso.

Além disso, na política, rodaram boatos de que Sergio Moro pode abdicar de sua candidatura ao Planalto por uma ao Senado, no caso da primeira não emplacar no futuro próximo.

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Bancos puxam Ibovespa, após queda de sexta

Os bancos são destaque no começo do pregão desta segunda. As ações do Itaú (ITUB4) operam com alta de 3,70%, seguidas dos papéis do Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Itaúsa (ITSA4), que avançam, respectivamente, 3,40%, 3,07% e 2,35%.

No último pregão de 2021, esses papéis foram prejudicados pela notícia de que o Governo Federal pretende manter a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), cobrada de instituições financeiras, como contrapartida para bancar a manutenção da desoneração da folha salarial. Na outra ponta, destaque negativo para as companhias de varejo.

Os dois setores são impactados, em parte, pelo comportamento da curva de juros, que sobe em bloco. Bancos ganham, com isso, possibilidade de maiores lucros, enquanto varejistas se veem impactadas pela maior dificuldade de acesso a crédito. O contrato DI para fevereiro de 2023 sobe 68 pontos-base, para 11,86%. O para fevereiro de 2025, 85 pontos-base, para 10,69%. O DI para fevereiro de 2029 tem alta de 19 pontos-base, a 10,73%.

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