Em ata do Copom, Banco Central não aponta para corte nos juros, mas cita melhora nas expectativas
O Banco Central ainda sustenta que o arcabouço fiscal a ser apresentado pelo governo pode não impactar diretamente no controle da inflação
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247 com Reuters - O Banco Central divulgou nesta terça-feira (28) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), encerrada em 22 de março. Na ocasião, o comitê decidiu pela manutenção da taxa de juros em 13,75% ao ano, ignorando os apelos do governo Lula (PT) e comprometendo o crescimento econômico do Brasil.
O Banco Central avalia que não há relação mecânica direta entre a apresentação do novo arcabouço fiscal e a convergência da inflação para as metas, mas um texto sólido pode melhorar expectativas e gerar processo de desinflação, conforme a ata.
O documento ressaltou que o compromisso com a execução do pacote fiscal do Ministério da Fazenda, já identificado nas estatísticas fiscais e na reoneração dos combustíveis, atenua os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação no curto prazo.
“O comportamento das expectativas é um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que afeta a definição de preços e salários presentes e futuros”, disse.
O BC decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano em reunião na semana passada, sem apresentar sinal concreto sobre um eventual afrouxamento monetário à frente, contrariando expectativas no mercado e no governo por uma indicação sobre o momento em que poderia iniciar os cortes na taxa básica de juros.
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