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Maurcio Tolmasquim, diretor da Empresa de Pesquisa Energtica, diz que fonte nuclear pode ser o "futuro do Pas"
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O futuro da geração de energia no Brasil pode ser a construção de usinas nucleares, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. Mas, como o País ainda possui abundância de matrizes energéticas, a prioridade é esgotar os demais recursos disponíveis, como hidrelétricas e parques eólicos. A geração nuclear não seria uma questão urgente.
"É provável que a energia nuclear seja a melhor opção no futuro porque o Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo. Além disso, é um dos poucos países que detêm a tecnologia para o enriquecimento. Mas o País pode pensar no programa nuclear com tranquilidade, sem afobamento", disse Tolmasquim.
O presidente da EPE afirmou ainda que a discussão em torno do Plano de Emergência para a usina nuclear de Angra 3, que ganhou força depois da tragédia nuclear em Fukushima, no Japão, não deve atrapalhar o cronograma das obras. A mobilização internacional sobre o tema estaria sendo acompanhada de perto pelo governo, mas possíveis mudanças afetariam apenas as próximas usinas a serem construídas no País. "O projeto de Angra 3 já está fechado. Nada muda. A usina vai começar a operar na data prevista, se não me engano em 2016", disse.
No resto do mundo, vários países, como Itália, Espanha, Suíça e mesmo a China, estão revendo os planos nucleares. Especialistas apontam que o Brasil, dono de uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, ainda tem muito potencial hidrelétrico a aproveitar, assim como fontes alternativas, como a eólica e a biomassa.
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